Politécnico

A avaliar os TESP’s
Ccisp quer A3ES

O conselho coordenador dos politécnicos quer ver os cursos de técnicos superiores de curta duração reconhecidos e avaliados pela A3ES, a agência de acreditação do ensino superior, defendendo que "ajudaria ao posicionamento" destas formações no ensino superior.

"Quem deve avaliar deve ser a A3ES, porque se tratam de cursos do ensino superior. Não faz qualquer sentido que seja a Direção-Geral do Ensino Superior. A avaliação pela A3ES ajudaria ao posicionamento dos cursos. É importante que esses cursos sejam devidamente posicionados no ensino superior e procura-se por todas as formas não colocá-los nesse patamar", disse o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato.

Para o presidente do CCISP há ainda questões a rever no processo que levou à criação dos Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTESP), como por exemplo o acompanhamento previsto para a sua criação por instituições como a Agência Nacional para a Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP) ou o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), defendendo que "não estão bem definidas as competências de cada entidade".

Joaquim Mourato insistiu ainda que "não faz sentido" continuarem a coexistir "duas formações tão diferentes" como os CTESP e os Cursos de Especialização Tecnológica (CET), conferindo os dois uma qualificação de nível 5.

"É caso ímpar, não podem conviver estas duas formações tão diferentes e corresponderem ao mesmo nível do quadro nacional de qualificações. Tem que haver essa coragem de terminar com estas duas ofertas formativas em simultâneo", defendeu o presidente do CCISP.

Mourato disse que Portugal tem para partilhar com os institutos congéneres de outros países europeus uma experiência de "nível muito elevado" no que diz respeito ao nível das formações, referindo que os diplomados pelos politécnicos portugueses adquirem competências que lhes permitem trabalhar em território nacional ou no estrangeiro e que há uma mobilidade cada vez maior ao nível do emprego.

"Para Portugal o que interessa é conhecer cada vez melhor as alterações do próprio emprego, para que nós consigamos, enquanto instituições de ensino superior, antecipar os problemas e preparar cada vez melhor os nossos diplomados. Aqui é que está o grande desafio", declarou.

Daquilo que considera serem bons exemplos europeus, Joaquim Mourato referiu que gostaria de ver replicado em Portugal a relação entre a formação e a empresa que existe na Alemanha, e a organização dos cursos em França, "onde já estão muito maduros e existem há muitos anos".

 
 
 
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