Identificar os pontos negros ao nível da justiça territorial e fornecer ferramentas aos decisores políticos para mitigar o problema das injustiças é o grande objetivo da rede 'Justiça e Sustentabilidade no Território através de Sistemas de Infraestruturas de Dados Espaciais' (Just Side), que acaba de ser criada.

Liderada por Alexandra Aragão, docente da Faculdade de Direito de Coimbra, a rede envolve investigadores da Argentina, Brasil, Chile, Costa Rica, Espanha, México, Portugal e Uruguai, e é financiada pelo CYTED, um programa de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento, criado pelos governos dos países ibero-americanos para promover a cooperação em ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento harmonioso da Península Ibérica e da América Latina.

A Just Side reúne 40 investigadores que, através de ferramentas de Geomática associadas ao Direito, vão mapear as injustiças territoriais, ou seja, vão recolher informações que permitam identificar atividades que envolvam riscos e impactes ambientais e que afetem especialmente populações vulneráveis.

Os investigadores dos oito países envolvidos na rede vão analisar 16 casos de estudo sobre injustiças territoriais, dois em cada país, e, no final, propor princípios e recomendações para promover e fortalecer políticas públicas, enfrentar desafios sociais, ambientais e económicos, jurídicos e democráticos.