Doença da Tinta
UTAD apresente clone resistente
Um grupo de investigadores da
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) acaba de
conseguir resultados positivos necessários para colocar nos
circuitos comerciais um clone de castanheiro imune à "Doença da
Tinta", responsável pela destruição, nos últimos vinte anos, de
perto de um milhão de castanheiros em Portugal.
As
alterações climáticas, que têm provocado cada vez mais no período
de Verão um excesso de calor e secura das terras, foram
determinantes para o agravamento dos efeitos da doença, afetando
cerca de oito mil hectares de soutos. A UTAD desenvolveu um
porta-enxerto, já testado com a colaboração de dezenas de
agricultores, confirmando-se que o mesmo é resistente à
doença.
Na base
do trabalho agora apresentado está, por isso, o contributo, do
investigador Columbano Taveira Fernandes nos anos 50, e nos anos
80, de investigadores da UTAD, como o antigo vice-reitor António
Lopes Gomes, Carlos Abreu, Luís Torres de Castro e Alberto
Santos.
Um dos
rostos atuais deste trabalho, o investigador e docente do
Departamento de Biologia e Ambiente da Universidade, José Gomes
Laranjo, esclarece que o novo clone, designado ColUTAD, é um
castanheiro híbrido resultante do cruzamento entre o castanheiro
europeu "Castanea sativa" e o japonês "Castanea
crenata".