Politécnico

Sobretudo alunos da lusofonia
892 alunos estrangeiros querem estudar no IPCB

A primeira fase de candidatura para acesso ao ensino superior destinada a alunos internacionais registou 892 estudantes, sobretudo de países da comunidade lusófona, para o Instituto Politécnico de Castelo Branco. Um número elevado e que deixa satisfeito o presidente da instituição albicastrense, António Fernandes. "Nesta primeira fase tivemos 892 candidatos, sendo que mais de 600 já pagaram a taxa de inscrição", refere.

Os candidatos são sobretudo de países lusófonos como Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau e Brasil.

No ano passado o Instituto Politécnico de Castelo Branco colocou 230 estudantes internacionais, pelo que a perspetiva para o próximo ano letivo é elevada. "Tudo indica que este ano o número de vagas estipulado pela tutela para esses alunos seja aumentado e venha a ficar entre os 30 e os 35% do total de vagas a concurso, o que significa que aumentaremos o número face ao ano passado", explica.

António Fernandes adianta que "ainda faltam a segunda e terceiras fases de candidatura, as quais normalmente são muito boas para nós". O presidente do IPCB destaca a importância dos "estudantes internacionais para a instituição. Este número de candidatos é inédito no politécnico".

Os números foram revelados numa altura em que o Ministério da Ciência e Ensino Superior anunciou a possibilidade dos alunos que concluem o ensino profissional em Portugal poderem entrar no ensino superior por outra via que não o Concurso Nacional de Acesso, evitando assim os exames nacionais exigidos para o efeito. A medida poderá avançar já nas próximas candidaturas e poderá passar por um regime em que sejam as próprias instituições a efetuar exames de acesso aos alunos candidatos.

António Fernandes olha para esta perspetiva com prudência: "Não podemos passar a imagem que vamos facilitar a tarefa aos estudantes do ensino profissional. Em Portugal só 14% dos alunos do ensino profissional prosseguem estudos para o ensino superior, enquanto no ensino regular essa percentagem é de cerca de 80 por cento. Os estudantes do ensino profissional veem-se na necessidade de fazer exames nacionais para se candidatarem ao ensino superior, sobre matérias que não lhes foram ministradas nos seus cursos profissionais. Isto coloca esses alunos em desvantagem em relação aos outros estudantes. E esta é uma questão que deve ser resolvida".

O presidente do IPCB diz que neste momento apenas há uma proposta que está em estudo e que prevê que para o próximo ano letivo "entrem nas instituições universitárias e politécnicas estudantes provenientes do ensino profissional, através de concurso local, à semelhança do que acontece para os Maiores de 23, e para uma percentagem de vagas e não para todas". O que está também a ser analisado é essa percentagem que poderá rondar os 10%. Isto significa que num curso com 30 vagas haverá três para os alunos que optem por este concurso.

António Fernandes recorda que "os alunos do ensino profissional já têm conseguido entrar nas instituições de ensino superior através dos cursos de Técnico Superior Profissional (CTESP), o qual não confere grau, mas que permite a continuidade para licenciaturas, obtendo acreditações em algumas unidades curriculares".

 
 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
Unesco.jpg LogoIPCB.png

logo_ipl.jpg

IPG_B.jpg logo_ipportalegre.jpg logo_ubi_vprincipal.jpg evora-final.jpg ipseutubal IPC-PRETO