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Politécnicos adquirem máscaras e preparam regresso a atividades presenciais

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Os institutos politécnicos portugueses estão a fazer uma aquisição conjunta de máscaras de proteção e álcool gel, através do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos. O anúncio foi feito pelo presidente daquela estrutura, Pedro Dominguinhos, em entrevista transmitida em direto na Ensino Magazine, onde foi referido que as instituições estão a preparar o regresso a algumas atividades presenciais.
"Vamos garantir que todas as pessoas, estudantes, docentes, não docentes e a quem se desloque às instituições, tenham acesso às máscaras. Há também institutos que estão a produzir viseiras para os docentes e não docentes", justificou Pedro Dominguinhos.
O presidente do CCISP e do Instituto Politécnico de Setúbal abordava assim o regresso das atividades presenciais às instituições de ensino superior.
No seu entender os politécnicos vão garantir as condições de segurança para o seu funcionamento, tendo em conta as orientações da Direção Geral de Saúde. "Há um esforço de planeamento muito significativo, pois temos que ir curso a curso, tudo tem que ser planeado de forma muito minuciosa. E estamos a aproveitar este tempo, para garantir todas as condições para que quando existir esse regresso a atividades presenciais", diz.
Pedro Dominguinhos considera que o início do próximo ano letivo vai ter uma atenção redobrada por parte das instituições. "Vários especialistas da área da saúde e o próprio Primeiro Ministro já afirmaram que vamos ter que conviver com esta pandemia pelo menos durante mais um ano, enquanto não existir uma vacina ou um tratamento eficaz". Portanto, diz, "este período está a ser um exercício importante para aquilo que poderá ser o início do próximo letivo. Temos que planear muito bem as atividades presenciais e a distância. Isso obriga à reorganização dos espaços e dos horários. É um novo planeamento muito diferente do que estávamos a fazer".
O presidente CCISP fala também naquilo que são as componentes práticas e dos estágios, em particular da área da saúde, onde "o ensino clinico é crucial. Até agora foi possível encontrar soluções na área da enfermagem ou fisioterapia e das terapias (para os alunos do 4º ano). Importa começar a preparar aquilo que são os ensinos clínicos dos 2º e 3º anos e, no próximo ano letivo, de todos os anos. Nesta matéria tem que haver uma forte articulação entre o Ministério do Ensino Superior e o Ministério da Saúde com as administrações regionais de saúde. Temos que começar a planear o regresso desses estudantes aos seus ensinos clínicos. Hoje a maioria dos hospitais têm circuitos Covid e não Covid, pelo que teremos que encontrar soluções".
Pedro Dominguinhos fala também do papel que as Ordens têm tido neste processo, no sentido de encontrar soluções. Não só na área da saúde, como aconteceu com a Ordem dos Enfermeiros, mas noutras como junto da Ordem dos Contabilistas Certificados: "há muitas instituições que têm os estágios nos anos finais da licenciatura em contabilidade, os quais garantem depois a inscrição para o exame de entrada na Ordem. A proposta do CCISP foi de que  este estágio fosse substituído por um projeto, o que foi aceite pela Ordem".

Veja aqui entrevista na íntegra.

 
 
 
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