Skills 4 pós-Covid propõe novas formas de ensinar
O Ministério da Ciência e do
Ensino Superior, apresentou, dia 12 de maio, no Instituto
Politécnico de Castelo Branco, a iniciativa nacional "Skills 4
pós-Covid - Competências para o futuro", numa sessão presidida pelo
Secretário de Estado do Ensino Superior, João Sobrinho
Teixeira.
O novo programa pretende reforçar
e valorizar a resposta conjunta dos sistemas de ciência e ensino
superior aos desafios induzidos pela Covid-19 em estreita
articulação com empregadores públicos e privados.
Até ao dia 1 de junho, o programa
será ainda apresentado em sessões previstas para a Universidade do
Porto (19 de maio), Instituto Politécnico de Leiria (21 de maio),
ISCTE (25 de maio), Universidade do Minho (26 de maio),
Universidade do Algarve (29 de maio) e Instituto Politécnico de
Bragança (1 de junho).
De acordo com o documento, a que
o Ensino Magazine teve acesso, o "Skills 4 pós-Covid - Competências
para o futuro" pretende estimular a resposta conjunta dos sistemas
de ciência e ensino superior a diferentes desafios. No fundo
procura-se "estimular práticas inovadoras de ensino e aprendizagem
valorizadoras dos projetos educativos, adaptadas a um sistema de
ensino misto e diferenciado". UM ensino, diz a tutela, que aposte
"na diversificação das metodologias pedagógicas, em particular as
metodologias ativas, alargando e aprofundando formas de aprender e
ensinar baseadas em projeto, intensificando formas de
auto-aprendizagem e trabalho em equipa, sempre de forma inclusiva e
não discriminatória, e adaptando as horas de contato com
estudantes, reconfigurando, dentro dos limites legais, as cargas
letivas existentes".
Assim, já no próximo ano letivo, pretende-se "estimular a
experimentação e disseminação de práticas inovadoras de ensino e
aprendizagem adaptadas a um sistema de ensino misto e diferenciado
em todos os níveis de ensino superior (formações curtas;
licenciatura, mestrado e doutoramento), alargando e aprofundando
formas de aprender e ensinar baseadas em projeto, a integração de
formas de autoaprendizagem e trabalho em equipa, sempre de forma
inclusiva e não discriminatória, e adaptando as horas de contato
com estudantes, reconfigurando, dentro dos limites legais, as
cargas letivas existentes".
De igual forma procura-se "fomentar o desenvolvimento de formações
pós-graduadas de âmbito profissional, em estreita colaboração com
empregadores, públicos e privados, fomentando a diversificação e
especialização da oferta de ensino".
Ainda durante o próximo ano letivo há o propósito de "aprofundar
as dinâmicas conseguidas nos últimos anos com formações curtas de
âmbito superior no sistema politécnico (cTESPs - cursos técnicos
superiores profissionais), alargando o seu âmbito para adultos
ativos e reforçando a colaboração com empregadores, públicos e
privados".
O estabelecimento de "novas formas de ingresso e participação no
ensino superior de estudantes que complementem o ensino secundário
por vias profissionais e artísticas, alargando a base social do
ensino superior", é outra das apostas do Skills 4 pós-Covid -
Competências para o futuro. De igual modo, pretende-se "estimular
formações curtas e modulares de âmbito superior como
micro-credenciais, que promovam a aprendizagem contínua e a
aquisição de novas competências, designadamente no contexto
europeu; e fomentar a atracão de estudantes internacionais,
providenciando condições "COVID free" nas instituições de ensino
superior".
Já no ano letivo 2021/22, o programa tem como objetivos a adoção
de novos ciclos de estudo, substituindo os atuais mestrados
integrados nas áreas de engenharia e psicologia por novos cursos de
1º e 2º ciclos que estimulem práticas inovadoras de ensino e
aprendizagem". Haverá também o "reforço generalizado de práticas
inovadoras de ensino e aprendizagem em todos os níveis de ensino
superior (formações curtas; licenciatura, mestrado e doutoramento),
continuando a reconfigurar, dentro dos limites legais, as cargas
letivas existentes".
Os objetivos para 2021/22 preconizam também "o reforço
generalizado de formações pós-graduadas de âmbito profissional, em
estreita colaboração com empregadores, públicos e privados,
fomentando a diversificação e especialização da oferta de ensino".
Haverá também "reforço das micro credenciais para formações curtas
e modulares de âmbito superior".