Politécnico de Coimbra cria projeto contra incêndios
O Instituto Politécnico de Coimbra está a
desenvolver um projeto para evitar a ação de incêndios florestais
em zonas industriais. Isso mesmo foi confirmado ao Ensino Magazine
pela própria instituição.
Em nota de imprensa, o
Politécnico de Coimbra explica que esta investigação surge na
sequência dos incêndios de 2017, e que está a ser desenvolvida por
uma equipa liderada por Joaquim Sande Silva.
Financiado pelo FCT - Fundação
para CIência e Tecnologia, o projeto InduForestFire assenta num
estudo em seis zonas industriais: Mira, Tocha, Oliveira do
Hospital, Mortágua, Oliveira de Frades e Pedrogão Grande.
O
projeto deverá tem a duração de três anos, deverá ter resultados
e propostas de ação no próximo ano, e é desenvolvido numa
parceria entre a Escola Superior Agrária do Politécnico de
Coimbra, o Instituto de Investigação e Desenvolvimento
(ITECons-UC), a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção
Civil e a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra.
De
acordo com o Politécnico de Coimbra, o projeto "visa encontrar as
melhores soluções para a gestão de combustíveis, construção e
organização urbanística em redor dessas zonas".
Ao Ensino
Magazine, e citado na nota que nos foi enviada, Joaquim Sande
Silva, docente na Escola Superior Agrária do Politécnico de
Coimbra (ESAC-IPC), esclarece que "este é um projeto inovador na
medida em que, pela primeira vez, duas equipas de áreas
científicas muito distintas, as engenharias florestal e civil,
tentam, numa mesma equipa, perceber o que esteve na origem dos
elevados danos sofridos por várias zonas industriais durante os
incêndios de 2017".
Aquele
investigador adianta que "esta parceria inovadora tenta
encontrar soluções, quer ao nível das construções, quer ao
nível da gestão da vegetação em torno das zonas industriais, no
sentido de possibilitar a adoção de medidas legislativas
cientificamente mais fundamentadas do que as que vigoram
atualmente".
Este estudo vai
permitir "estabelecer diretrizes de construção e proteção de
zonas industriais a serem definidas pelos municípios e suas
associações. Estas políticas aplicar- se-ão tanto às zonas
existentes como às a construir".