Alunos do Politécnico de Leiria são voluntários no apoio à saúde
Cerca de 30 estudantes do
Politécnico de Leiria estão a dar apoio, de forma voluntária, à
zona de testes à COVID-19 e à Área Dedicada Covid-19 - ADC
Comunidade, no Estádio de Leiria.
Em nota enviada ao Ensino
Magazine, o Politécnico de Leiria explica que esta iniciativa é
desenvolvida em parceria com o Município de Leiria, o Agrupamento
de Centros de Saúde do Pinhal Litoral e o Centro Hospitalar de
Leiria.
Rui Fonseca-Pinto, diretor da Escola Superior de Saúde (ESSLei) do
Politécnico de Leiria, explica que "o Politécnico de Leiria foi
chamado a colaborar desde a primeira hora".
A colaboração é feita com
estudantes voluntários do quarto ano de Enfermagem da ESSLei (que
estão distribuídos por três postos) e de um aluno do mestrado
de Engenharia Informática - Computação Móvel da Escola Superior de
Tecnologia e Gestão (ESTG), que criou e elaborou de raiz a
plataforma de agendamento SiReGI - Sistema de Registo e Gestão da
Informação. "Esta plataforma permite fazer marcações de testes de
um dia para o outro, o que não acontece a nível nacional, em que há
listas de espera de 15 dias só para agendamento, realça Rui
Fonseca-Pinto.
Na mesma nota é referido que o ADC Comunidade foi criado para
"desviar dos serviços de saúde a sintomatologia associada à
COVID-19, e assim dar tranquilidade aos utentes que continuem a ter
necessidade de procurar esta tipologia de cuidados, os estudantes
voluntários de Enfermagem da ESSLei dão apoio à pré-triagem. Neste
posto de pré-triagem e controlo de acessos, os voluntários estão na
dependência da direção clínica do ADC, enquanto nos outros dois
postos, orientados para a logística dos testes, a supervisão é
assegurada pelo diretor da Escola Superior de Saúde".
A gestão dos horários das equipas
de voluntários está a ser mantida pela presidente da Associação de
Estudantes da Escola Superior de Saúde (também estudante de
Enfermagem, Inês Santos), que tem coordenado desde o início todo o
processo de mobilização dos estudantes.
No centro de recolha de amostras
"drive-thru" são feitas colheitas para a realização do teste, em
que, após prescrição pelo médico, os utentes se dirigem ao local no
seu carro (que entra no estádio pela porta 1, onde está montada
toda a logística). Os médicos prescritores de testes com intuito de
serem realizados no "drive-thru" do estádio, fazem um pedido
de agendamento na plataforma SiReGI, e os voluntários, no
posto de agendamento, contactam os utentes e marcam na agenda. Por
outro lado, os profissionais do laboratório podem aceder à
informação de registo nesta mesma plataforma.
Os três postos, pré-triagem, controlo de identificação e
agendamento de testes, têm dois estudantes com escalas de quatro ou
seis horas, a funcionar das 8h00 às 20h00, num total de
aproximadamente 30 estudantes. No posto de pré-triagem os
voluntários fazem o controlo do número de pessoas que acedem ao ADC
(no máximo só podem estar simultaneamente no espaço 15 pessoas) e
registo da sintomatologia; no posto de controlo de identificação e
registo fazem a certificação dos dados individuais dos utentes e
introdução de dados da colheita na plataforma; e no posto de
agendamento fazem a gestão da agenda e contacto com os utentes
para marcação.
As marcações são recebidas na tenda de recolha (já dentro do
estádio) através de um tablet, pelo posto de identificação (com
dois voluntários) e também no controlo de acesso das viaturas ao
estádio, que é realizado por um segurança.
Além do alojamento e suporte técnico da plataforma, o Politécnico
de Leiria também equipou o espaço utilizado pelos voluntários
com computadores e tablets através da colaboração de várias
unidades de investigação e escolas.