Teatro do Politécnico de Setúbal faz radionovela
O Teatro do Instituto Politécnico
de Setúbal encontrou uma forma de fazer chegar ao público as
suas peças. E assim nasceu a radionovela, fiel ao espírito do
"teatro porta a porta" que tem orientado os seus sete anos de
história.
A peça "Mataram as searas", que
teria subido ao palco pela primeira vez a 27 de março, Dia Mundial
do Teatro, não fosse o contexto de crise sanitária, tem agora
estreia marcada, em formato de radionovela, no dia 18, pelas
10h30h, na emissora
Alternativa Rádio.
Em nota de imprensa, o IPS
explica que a peça tem o texto é de José Caldeira Duarte, escritor
e docente aposentado do Instituto Politécnico de Setúbal
(IPS), o qual foi adaptado para teatro e será agora matéria-prima
para um conjunto de episódios, a transmitir diariamente em
quatro horários possíveis: 10h30, 16h30, 19h30 e 02h30.
Com encenação de José Gil,
docente da Escola Superior de Educação (ESE/IPS), a produção
conta com um elenco de uma dezena de atores e sonoplastia de João
Ferraria, Pedro Felício e do próprio autor, reunindo contributos de
toda a comunidade académica do IPS, entre estudantes e
trabalhadores docentes e não docentes.
Basedo no livro homónimo,
publicado em 2015, "Mataram as searas" narra uma história de
resistência passada num contexto histórico bem recente. Num país
"arrasado" pela austeridade da troika, um grupo de amigos, homens e
mulheres, decide "começar de novo" levado pelo sonho de "resistir
ao roubo da terra e da dignidade". Para o autor, "regressar ao
formato de novela", que fez furor nos anos dourados da rádio,
"significa manter viva a criação teatral em tempos difíceis".