Fado é Património Mundial e Imaterial da Cultura
Paulo Bragança
Oriundo de Luanda Paulo António Lopes de Carvalho
chegou a Portugal com apenas doze anos vindo a fixar-se na cidade
de Bragança onde ficou conhecido por Paulo Bragança. Mais tarde vem
para Lisboa estudar Direito e participa numa Noite de Fado
promovida pela Associação Académica de Lisboa, experiência que
levou este fadista (cujo pai tocava guitarra portuguesa, como
amador) a gravar o seu primeiro trabalho em 1991.
Na década de 90 é conhecido pelo
fadista que canta descalço e atinge o auge da popularidade no nosso
país. É neste período que começa por colaborar com José Cid no
disco Camões, as descobertas…e nós, em 1993 participa
ainda com José Cid no 29º Festival
RTP da Canção, ficando em 2º
lugar atrás da Anabela. Em 1994 lança Amai e dois
anos depois Mistério do Fado, para, finalmente, em 2001
assinar Lua Semi-nua.
Paulo Bragança participou ainda no
filme Tráfico, de João Botelho, num elenco onde constavam
nomes como Alexandra Lencastre, Laura Soveral, Rita Blanco, João
Perry e Canto e Castro, entre outros.
No início do século XXI, um pouco
zangado com o meio artístico, decide emigrar para a Irlanda onde se
tem mantido. Aí estuda filosofia para além de ter participado na
curta-metragem Henry and Sunny, do realizador irlandês
Fergal Rock. Em 2011 regressa fugazmente a Portugal e dá uma
entrevista a Edgar Canelas no programa Vozes da Lusofonia, na
Antena 1. Já este ano, em junho, nas Festas da Cidade de Lisboa é
convidado pelo Naifa para fazer parte do espetáculo que aquele
grupo levou às noites de Fado no Castelo São Jorge. A presença
neste espetáculo, tão próximo da entrevista que Paulo Bragança
concedeu a Edgar Canelas, parece indiciar que o fadista pretende
regressar e com novos projetos.
J. Vasco
Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico