Constrói-se numa semana e custa entre 25 a 30 mil euros. Na sua construção são usadas técnicas ancestrais, como a madeira, o tabique (paredes divisórias feitas com madeira e barro) e a cortiça, o melhor isolante e que garante o conforto térmico desta estrutura montada ao estilo pombalino ou de gaiola.

É esta a proposta que o município de Idanha-a-Nova tem para apresentar na XVII Feira Raiana, que decorre de 31 de julho a 4 de agosto, sobretudo aos mais jovens que se queiram fixar no concelho. A primeira Casa Sustentável Modelo Idanha, "sendo também a primeira a ser feita nestes moldes no país, está a ser feita no recinto da Feira Raiana, onde ficará em exposição para que as pessoas possam ver como é e até empreiteiros esclarecer dúvidas sobre esta forma de construção".

Segundo Armindo Jacinto, "esta é uma proposta económica e ecologicamente sustentável, que em muito pode dignificar o mundo rural", explica o presidente da câmara de Idanha-a-Nova.

O autarca realça que este tipo de habitação "está também preparada para ser rentável, ou seja, porque a ela pode estar associada uma cozinha para produzir bolos, compotas, enchidos ou queijos, de modo tradicional, ou uma oficina de artesanato, ou ainda um quarto para ser aproveitado como turismo rural".

Este é um modelo de habitação que "se adequa muito bem às aldeias do concelho, a este ambiente rural, sendo que a câmara depois também se encarregará de fazer os loteamentos necessários e fazer um preço especial nas taxas de licenças".

Jorge Van Krieken, da Zona Land, empresa que está a construir este primeiro exemplar, adianta ainda que este é um tipo de construção "perfeita em termos de conforto térmico e sísmico, pois é muito mais resistente do que as casas de construção mais vulgar, tendo também uma maior durabilidade, ou seja, enquanto uma casa dita 'normal' dura entre 70 a 80 anos, estas podem durar 300 ou 400, já que a cortiça lhe dá essa proteção, por ser um material imputrescível".