António Fidalgo, novo reitor da UBI
Posse talvez em setembro
Fazer
face às eventuais limitações em termos de número de alunos e a
dificuldades em termos de financiamento são as duas grandes linhas
de preocupação do novo reitor da Universidade da Beira Interior,
António Fidalgo, eleito a 5 de julho e cuja tomada de posse ainda
não está marcada.
Após a eleição no Conselho Geral,
que venceu à primeira, por 18-11, o catedrático em Ciências da
Comunicação esclarece que dele se pode esperar "um reitor de toda a
Universidade da Beira Interior, incluindo todos aqueles que
estiveram de um lado e de outro e portanto, pretende-se aplicar o
lema da campanha que é por uma UBI coesa e plural". De caminho
lembra que, no caso dos fundos, "a UBI tem direito ao seu
financiamento e a lutar para que este seja aumentado. Por outro
lado, o reitor João Queiroz disse que a UBI já tem um financiamento
próprio de 43 por cento".
Quanto à sua escolha, António
Fidalgo considera ter resultado de vários fatores: "da forte
ligação que tenho dentro da comunidade, o contacto com toda a
comunidade académica, as pessoas conhecem-me e tenho um forte
historial dentro da universidade. O próprio reitor João Queiroz
lembrou isso mesmo e as intervenções que tenho feito ao longo
destes anos no Senado e na Coordenadora do Científico. Foi todo
esse conhecimento que a comunidade tinha da minha pessoa que terá
pesado na decisão final".
Quanto a decisões futuras, o novo
reitor aponta para o facto de ter "a mesma universidade, no mesmo
sítio, com as mesmas pessoas, a trabalharem juntos para um projeto
comum". Espera "trabalhar para uma universidade mais coesa com a
união de toda a universidade, com os diferentes intervenientes,
desde estudantes a professores e funcionários e uma universidade
plural, com a autonomia dos diferentes órgãos".
Neste momento o novo reitor
estabelece contactos com as pessoas que estiveram a trabalhar no
seu projeto para formar uma equipa. Para já, o nome que é conhecido
e que deverá fazer parte da equipa reitoral é o de Mário Raposo,
catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas.
Já Paquete de Oliveira, presidente
do Conselho Geral, espera que a instituição continue "com o seu
normal funcionamento e crescimento". E concretiza: "Não obstante
esta mudança e a mudança apresenta-se, para uns como uma
penalização, porque o reitor atual e a sua equipa tinham um empenho
muito dedicado à UBI, estes momentos implicam também novas
dinâmicas e oportunidades e outras formas de olhar a universidade".
Sem um calendário ainda definido, o presidente do Conselho Geral,
aponta o início do mês de setembro como data em que o novo reitor
deverá tomar posse. "Quer para o reitor que agora termina funções,
quer para o novo reitor, quanto mais depressa conseguirem tomar
conta dos destinos da universidade, melhor", sublinha. A eleição do
Fidalgo representa também a primeira escolha de um académico da
área das Ciências da Comunicação para dirigir uma universidade.