Politécnico

Politécnico deve reorganizar-se
IPCB com boas contas

IPCB.jpgO Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) chegou ao final de 2014 com um saldo positivo de um milhão 56 mil 718 euros. O relatório de atividades e contas do último ano foi aprovado, por unanimidade, em Conselho Geral da instituição. Apesar dos constrangimentos orçamentais e das reduções substanciais que se têm registado por parte do orçamento de Estado para o IPCB, a instituição chegou ao final de 2014 com um resultado positivo.

Carlos Maia presidente do Politécnico considera, no entanto, que a o IPCB não deve embandeirar em arco. "A instituição precisa de se reorganizar. Temos que saber a aquilo que queremos ser em 2020", justificou, para anunciar o processo que está em curso nesse sentido: "A revisão estatutária começou no Conselho Geral da instituição. Em outubro haverá mais uma reunião para abordar este assunto, o qual será também debatido com a instituição, apesar daquele órgão ser soberano".

No entender de Carlos Maia "é fundamental que a instituição se reorganize", sublinhando que "não está em causa o encerramento de qualquer valência, nem de nenhuma escola. A forma de funcionamento é que será diferente". Neste processo o presidente do IPCB diz que primeiro quer "ouvir a instituição", antes de anunciar qual a sua posição. De qualquer modo as alterações são abrangentes. "Já foi feita uma base de trabalho para discussão", disse.

Carlos Maia, lembrou, em conferência de Imprensa, que serão poucas as instituições de ensino a obterem resultados tão positivos. "Apesar das restrições financeiras serem elevadas, o que nos obrigou a reinventar, conseguimos ter uma situação financeira controlada, o que é motivo de satisfação", disse.

Durante a apresentação dos resultados da gestão do ano passado, o presidente do IPCB voltou a defender que os politécnicos deveriam ministrar doutoramentos em ambiente empresarial. "Não faz sentido não irmos até ao nível 8 (doutoramentos) de formação", começou por referir.

Carlos Maia considera que "não faz sentido nenhum os docentes do politécnico terem que tirar os seus doutoramentos em universidades, fazerem a sua agregação e a investigação científica em universidades, e depois regressarem aos politécnicos". O presidente do IPCB assegura que há áreas que a instituição está preparada para ministrar cursos de doutoramento, e dá o exemplo das artes e da enfermagem. "As universidades vêm recrutar professores do ensino politécnico para ministrarem doutoramentos, o que não faz sentido", salientou, para depois se mostrar "defensor dos dois subsistemas de ensino superior".

 
 
 
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