gente e livros
Jorge Amado
Jorge Amado (1912-2001) foi um dos principais
representantes da literatura brasileira modernista.
A sua obra é marcada pelo regionalismo e pela denúncia social e foi
agraciada com vários prémios literários, entre os quais o "Camões"
(1995), o "Jabuti" (1959 e 1995) e o "Ministério da Cultura"
(Brasil, 1997).
Jorge Amado nasceu a 10 de agosto de 1912, na fazenda Auricídia, no
sul do Estado da Bahia. Filho do fazendeiro de cacau João Amado de
Faria e de Eulália Leal Amado, foi com um ano de idade para Ilhéus,
onde passou a infância.
Frequentou o ensino secundário em Salvador e é nesse período que
começa a trabalhar em jornais e a participar na vida literária,
sendo um dos fundadores da Academia dos Rebeldes.
Publicou seu primeiro romance, «O País do Carnaval», em 1931. Dois
anos depois publicou seu segundo romance, «Cacau». Nesse ano
casou-se com Matilde Garcia Rosa, com quem teve uma filha, e de
quem se divorciaria mais tarde para casar, em 1945, com Zélia
Gattai.
Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito, no Rio de Janeiro, em
1935. Militante comunista, Jorge Amado chegou a exilar-se na
Argentina e no Uruguai, nos anos 40, e em França e Praga, na década
de 50.
Quando ainda nos anos 50 voltou ao Brasil, dedicou-se, a partir de
então, inteiramente à literatura. «Gabriela Cravo e Canela» (1958),
«Dona Flor e Seus Dois Maridos» (1966) e «Tieta do Agreste» (1977)
são obras deste período.
De acordo com a Fundação Casa de Jorge Amado, os livros do escritor
brasileiro estão traduzidos em 49 idiomas, existindo também
exemplares em braile e em formato de audiolivro.
A obra literária de Jorge Amado conheceu ainda inúmeras adaptações
para cinema, teatro e televisão, além de ter sido tema de escolas
de samba em várias partes do Brasil.
O escritor morreu em Salvador, no dia 6 de agosto de 2001. Foi
cremado conforme seu desejo, e as suas cinzas foram enterradas no
jardim da sua residência na Rua Alagoinhas, no dia em que
completaria 89 anos.