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Ensino superior: desde 1996 que não havia tantos candidatos na 1ª fase
IMG_0151 copy.jpgDesde 1996 que não havia tantos candidatos ao ensino superior na primeira fase do Concurso nacional de Acesso. No total registaram-se 62 mil 675 candidaturas, mais 11 mil 384 que no ano passado.Os dados foram avançados ao Ensino Magazine pelo Ministério da Ciência e Ensino Superior.
De acordo com a tutela, "o aumento de candidatos nesta fase do acesso ao ensino superior público representa um sinal de confiança dos jovens e das suas famílias na formação superior e nas suas instituições, bem como nas vantagens decorrentes da qualificação superior, especialmente no contexto da crise internacional emergente associada à COVID-19".
Para o Ministério, "o aumento inédito do número de candidatos promove o alargamento da base social de apoio do ensino superior e é um sinal muito significativo para a qualificação progressiva da população residente em Portugal".
Refere a tutela que "apesar de em 2020 e pela primeira vez em Portugal, metade dos jovens de 20 anos estarem a estudar no ensino superior (enquanto eram 40% em 2015 e menos de 30% em 2000), as metas para as quais Portugal se deve orientar no contexto Europeu exigem atingir uma taxa média de frequência no ensino superior de 6 em cada 10 jovens com 20 anos até 2030, assim como alargar as qualificações de toda a população, garantindo atingir 40% de graduados de educação terciária na faixa etária dos 30-34 anos até 2023 e 50% em 2030".
O Ministério, nos dados enviados ao Ensino Magazine, adianta que "para a concretização desses objetivos e para além dos ingressos por via do concurso nacional de acesso, estima-se que o número total de novos ingressos no ensino superior em todos os ciclos de estudos, públicos e privados, atinja cerca de 90 mil novos estudantes matriculados no próximo ano letivo de 2020/21 (enquanto foram cerca de 84 mil pessoas em 2019)". Um número que será  o resultado do somatório do Concurso Nacional de Acesso, que representa cerca 2/3 dos ingressos; de outras formas de ingresso no sistema público; formações curtas (cursos técnicos superiores profissionais, cTESP); e do ingresso no sistema privado.
Presidente do CCISP
realça confiança no superior
L1010319.jpgFace a estes resultados, o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos, reagiu na sua conta pessoal do Facebook aos dados divulgados pelo Ministério. O também presidente do Politécnico de Setúbal  sublinha o facto de "o número de candidatos ter ultrapassado largamente as vagas colocadas a concurso, com 1,22 candidatos por cada vaga, valor só ultrapassado nos dois primeiros anos deste modelo, num período menos maduro do sistema de ensino superior em Portugal".
Pedro Dominguinhos apresenta mesmo um gráfico (ver em baixo) onde é possível ver essa evolução.
O presidente do CCISP destaca o facto de, num momento de pandemia como o que o mundo está a atravessar, "os jovens e as famílias acreditarem que o ensino superior é um investimento importante a longo prazo, reconhecendo que uma formação terciária habilita os seus detentores com competências e ferramentas imprescindíveis no mercado de trabalho".
grafico
No seu entender, "as explicações destes números, para além de uma aposta estratégica das famílias, ancoram-se também em vários aspetos, a saber: "nos resultados dos exames nacionais alcançados este ano, com percentagens de aprovação mais elevadas, o que se traduziu num número superior de estudantes com condições de se candidatarem às licenciaturas; No número de estudantes que se encontram a estudar e que, pela alteração das regras de acesso ao ensino superior ocorridas este ano, decidiram realizar novamente a sua candidatura por terem nota de candidatura superior à obtida no ano anterior; ou na eventual redução do número de estudantes que escolhia as Universidades estrangeiras e que, este ano, motivado pela COVID e incerteza do modelo pedagógico, optaram pela candidatura a Universidades e Politécnicos em Portugal".
Nesta sua primeira reflexão, Pedro Dominguinhos fala também da questão da ação social: "face a este crescimento previsível do número de estudantes no ensino superior é crucial que a Ação Social seja reforçada para garantir que todos os estudantes possuem as condições necessárias para poderem estudar com sucesso. Como o CCISP tem vindo a defender, devemos aspirar a ter um Ensino Superior para Todos", disse.
Os resultados da 1.a fase do concurso nacional de acesso são divulgados na segunda-feira, 28 de setembro, no sítio da Direção-Geral do Ensino Superior (http://www.dges.gov.pt), podendo ainda ser consultados através da aplicação ES Acesso, disponível nas plataformas iOS e Android.
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JC
EM
 
 
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