No último ano letivo estiveram a estudar nas instituições de ensino superior portuguesas 58 mil estudantes, o que teve um impacto de cerca de 20 milhões de euros nas universidades e politécnicos.

Os números foram avançados pelo Secretário de Estado do Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, em declarações à Lusa e publicadas na imprensa nacional. Aquele responsável lembrou que para o próximo ano letivo a incógnita é grande, devido à pandemia de Covid-19, mas que a procura aumentou.

O secretário de Estado revelou que o número de pedidos de vistos, nesta primeira fase de candidaturas que terminou em maio, é superior ao ano passado em 52%.

"A primeira coisa que tenho a dizer é a incerteza sobre todo o processo. Há uma série de disposições [relacionadas com o processo de candidaturas e o funcionamento do ensino superior no próximo ano letivo] que estão a ser previstas, mas neste momento é uma incógnita a nível mundial como irá evoluir a pandemia. A própria OMS [Organização Mundial de Saúde] varia nas opiniões de dia para dia", sublinhou à Lusa o secretário de Estado.

João Sobrinho Teixeira disse ainda que tudo está a ser feito para que o ano letivo nas instituições de ensino superior comece em meados de setembro, havendo apenas um atraso no primeiro ano (só começará em finais de setembro) devido ao facto dos exames e das candidaturas também se terem prolongado no calendário, devido à pandemia.

O desejo e a prioridade passará pelas aulas presenciais, mas João Sobrinho Teixeira refere que "o dispositivo está montado para articular o ensino presencial com o ensino a distância", caso haja necessidade.