Avaliação dos impactos no desempenho académico
IPCA analisa ensino não presencial
Oito em cada 10 estudantes do
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) aprovam a
generalização do ensino não presencial adotada pela instituição
face à pandemia associada ao SARS-COV-2. W sete em cada 10 dão nota
positiva ao uso do Moodle como plataforma de ensino e aprendizagem.
Mas as avaliações positivas não escondem as dificuldades associadas
ao ensino não presencial.
Os resultados resultam de um
inquérito por questionário aplicado pelo IPCA, em parceria com a
Associação Académica, a todos os estudantes, com o objetivo de
compreender as suas perceções sobre o impacto da transição para o
ensino à distância no desempenho académico e aquisição de
competências.
As principais dificuldades
referidas pelos estudantes centram-se na aquisição de conhecimentos
e competências, pois 67% consideram que foi bastante mais difícil
na modalidade de ensino não presencial do que na presencial. A
aquisição das competências em determinadas áreas que exigem
trabalho prático e laboratorial é mesmo posta em causa por 76% dos
respondentes.
Entre as justificações
apresentadas, foi referido que "aulas práticas lecionadas via
online em nada se equiparam às aulas presenciais!", "o material e
equipamento que temos disponível na sala de aula para a realização
de trabalhos práticos não nos é disponibilizado em casa. Uma
desvantagem muito grande em algumas disciplinas", "(...) aulas à
distância não proporcionarem um ensino equivalente às aulas
presenciais".
Os alunos referiram
frequentemente a sobrecarga de trabalho e a diminuição das
interações com docentes e colegas (75%), bem como o facto de o
ensino não presencial ter tornado mais difíceis os contactos com os
docentes (67%) e com os próprios colegas (70%).