Politécnico

Eleições no Instituto Politécnico de Castelo Branco
Carlos Maia é candidato

carlos_maia cópia.jpgCarlos Maia é, de novo, candidato ao cargo de presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB). A garantia foi dada pelo próprio ao Ensino Magazine depois do atual presidente da instituição ter comunicado a sua decisão aos diretores das escolas.

Carlos Maia revela que a decisão foi "ponderada, até porque os tempos são muito difíceis. Mas esse foi um fator que tive em conta na decisão de me recandidatar, pois não poderia voltar as costas à instituição". O atual presidente do IPCB acrescenta que o "compromisso assumido com a instituição há quatro anos atrás não se esgota neste primeiro mandato".

As eleições para a presidência do Instituto deverão acontecer no primeiro semestre de 2013, mas já em janeiro inicia-se o processo para a eleição do Conselho Geral, órgão que posteriormente elegerá o presidente do IPCB. "Independentemente da sua constituição, fiz questão de informar os diretores das escolas de que irei apresentar a minha recandidatura ao cargo que agora desempenho para o próximo quadriénio".

Carlos Maia recorda que os últimos anos no IPCB foram marcados "por algumas conquistas e pela reorganização do Politécnico, pois foi publicada muita legislação nova, como o estatuto da carreira docente, ou as alterações legislativas face ao pessoal não docente, etc. Para além disso acompanhámos atentamente a questão orçamental da instituição, pois tem-se verificado uma asfixia gradual.

Apesar dessas dificuldades, Carlos Maia mostra-se satisfeito com o desempenho da equipa que lidera. "Temos motivos para estar satisfeitos. Obviamente que a avaliação do nosso trabalho caberá à região (sobre o papel que o IPCB desempenha) e à academia". O presidente do IPCB dá alguns exemplos que considera importantes: "conseguimos construir um centro de investigação em zoonoses, temos mais docentes inseridos em centros de investigação de universidades (no IPCB mantém-se o desafio de se criarem novos centros de investigação, agora com uma nova estratégia que passará pela criação de centros de estudos), e foi desbloqueada a situação da Escola Superior de Artes Aplicadas numa batalha terrível [onde a Câmara de Castelo Branco assumiu a componente nacional do investimento]. Tendo em conta a conjuntura orçamental, os desafios do IPCB mantém-se e são ainda profundos".

Carlos Maia recorda as avaliações e as acreditações obtidas pela instituição. "Em dezembro de 2010, foi atribuída pela APCER (Associação Portuguesa de Certificação) a certificação do Sistema de Gestão da Qualidade do IPCB; em 2011 submetemo-nos a uma avaliação internacional pela EUA com resultados bastante favoráveis como é do conhecimento de todos e a A3ES tem avaliado de forma positiva e acreditado os nossos cursos de licenciatura e de mestrado, numa altura em que dos 420 cursos avaliados 107 foram encerrados", diz.

O presidente do IPCB considera "grande parte dos desafios de há quatro anos atrás mantêm-se atuais, com a particularidade de termos de lhe dar resposta com recursos financeiros muito mais diminutos, uma vez que os cortes orçamentais têm sido muito acentuados, como é do conhecimento público. Em 3 anos, de 2010 para 2013, o IPCB sofreu cortes na ordem dos 34,9%".

Em termos de oferta formativa, Carlos Maia considera que "há um esforço contínuo no sentido de adequar às necessidades identificadas, tanto em termos de licenciatura como de mestrados. Também a qualificação dos recursos humanos continuará a constituir uma prioridade, com metas claramente definidas, uma das quais passa por em 2014 o IPCB ter cerca de 60% do seu corpo docente com o grau de doutor".

A investigação é uma área que é necessário alavancar e reorganizar. "Foi feito algum trabalho, no sentido da própria instituição e dos seus docentes terem um conhecimento mais aprofundado das capacidades instaladas e dos projetos em curso, mas é necessário agora dar um incremento maior, envolvendo mais as empresas da região nesta vertente da missão do IPCB", diz.

O presidente do IPCB adianta que a "internacionalização será sempre transversal ao desenvolvimento estratégico da instituição e apesar de nestes anos termos aumentado o número de países parceiros e o número de fluxos de mobilidade internacional, há projetos de parceria com outras instituições que poderão ser estratégicos para o IPCB e que poderão ser uma realidade muito em breve".

Carlos Maia aborda também a questão da modernização administrativa. "Essa aposta vai continuar, no sentido de nos tornarmos mais eficazes e mais eficientes, nomeadamente através de uma forte aposta na desmaterialização dos processos e de agilizarmos o contacto com a instituição.

Há um desafio fundamental num futuro próximo não só para o IPCB como para todo o ensino superior em Portugal, que é a reorganização da rede. O IPCB está preparado, não só para participar em todas as discussões sérias sobre o assunto mas também para liderar projetos".

Carlos Maia considera que estão criadas condições para que "durante o primeiro semestre de 2013 o processo eleitoral para a presidência da instituição esteja concluído. O Conselho Geral ficará constituído em janeiro e ficam criadas as condições para que esses prazos se cumpram. Isso será vantajoso para que o presidente eleito possa ter condições para preparar o novo ano letivo".

O Instituto Politécnico de Castelo Branco foi o mais procurado pelos candidatos ao ensino superior no interior do país, ministrando cursos de licenciatura, mestrado, pós graduações e de especialização tecnológica.

 
 
 
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