Ministério debate praxes
O Ministério da Educação e Ciência confirmou ter convocado as
associações de estudantes do ensino superior para uma reunião, na
próxima semana, sobre praxes académicas.
Em resposta à agência Lusa, o gabinete de imprensa do Ministério
da Educação adiantou ainda que a questão das praxes irá também ser
abordada nas reuniões previstas nas próximas semanas com o Conselho
de Reitores das Universidades Portuguesas e com o Conselho
Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.
A convocatória para uma reunião com as associações de estudantes
dos estabelecimentos de ensino superior, públicos e privados,
ocorre numa altura em que em Portugal se tem discutido as praxes
académicas, na sequência da morte de seis estudantes na Praia do
Meco e do caso de um professor da Universidade do Minho.
O Diário de Notícias adiantava que o ministro Nuno Crato tinha
chamado os reitores e as associações de alunos para "travar praxes
violentas".
"Na sequência das preocupações já manifestadas pelo Ministério
da Educação e Ciência sobre excessos e consequências de praxes, o
MEC informa que convocou as associações de estudantes dos
estabelecimentos de ensino superior, públicos e privados, para uma
reunião a realizar na próxima semana", segundo uma resposta enviada
à Lusa.
O Ministério pretende debater com os alunos e as instituições as
"melhores formas de prevenir este tipo de situações de extrema
gravidade".
A Lusa contactou o presidente do Conselho Coordenador dos
Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, que
afirmou que o organismo ainda não tomou qualquer posição sobre o
assunto das praxes.
"É uma questão que ainda não avaliámos e não sei se o Conselho
irá tomar alguma posição sobre isso. O que existe neste momento são
posições de cada instituição. No meu caso, no Instituto Politécnico
de Portalegre, já decidimos há alguns anos que estão proibidas
todas as praxes nas instalações do instituto", afirmou Joaquim
Mourato.
A Lusa tentou contactar o presidente do Conselho de Reitores das
Universidades Portuguesas, António Rendas, mas ainda não foi
possível obter qualquer esclarecimento.