Politécnico

Na abertura do ano escolar
Nuno Magas crítica orçamento

Nuno Mangas12 cópia.jpgO presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IP Leiria), Nuno Mangas, afirmou no passado dia 21 de novembro, que a verba que é transferida do Orçamento do Estado não é suficiente para pagar os salários dos seus colaboradores.

À margem da sessão solene que assinalou a abertura do ano letivo do IP Leiria, Nuno Mangas referiu que, "hoje, o 'plafond' do Estado não dá para pagar os salários dos colaboradores".

"Para pagar a globalidade dos salários do IP Leiria, além da totalidade das receitas que recebemos do Orçamento do Estado, temos de utilizar parte das nossas receitas próprias. O instituto precisa da descativação de 2,5 por cento, que surgiu no final de junho e início de julho deste ano, que são 560 mil euros", sustentou o presidente do IP Leiria.

Nuno Mangas lamentou ainda que não haja espaço "para fazer qualquer tipo de investimento", pelo que considerou que se está a ir "além daquilo que é razoável".

"Depois de nos terem atribuído um 'plafond' em agosto, não se pode cortar - e eu quero acreditar que terá havido algum engano - 800 mil euros para além do que já se tinha cortado", referiu ainda o presidente.

Segundo Nuno Mangas, "as instituições de ensino superior não geraram dívidas, não contribuíram para o défice e têm gerado receitas próprias", fatores que o Estado "deve ter em conta".

Por isso, o presidente apela ao "bom senso" da tutela para que "olhe para o ensino superior de maneira diferente, porque os politécnicos e as universidades são uma realidade diferente".

Durante o discurso proferido, Nuno Mangas criticou o Governo por fazer com que as instituições de ensino superior vivam numa constante "montanha russa orçamental", devido aos cortes sistemáticos ao longo do ano.

"Pior do que gerir com um 'plafond' cada vez mais magro, diria mesmo esquelético, é gerir sem se saber com o que se pode contar. Era importante que estabilizássemos os orçamentos das instituições", alertou.

"O ano letivo começou em setembro e vai até setembro do próximo ano. Há um conjunto de despesas que estão assumidas à partida. Foi-nos atribuído um 'plafond' em agosto, que sofreu alterações em outubro e ainda teve mais um corte. O que eu peço é que, pelo menos, nos digam que temos x, mas que nos permitam gerir esse x sem cortes e oscilações ou cativações", rematou.

Nuno Mangas revelou ainda que os subsídios de férias vão ser pagos aos colaboradores, uma vez que foi autorizada a libertação de fundos pela Direção Geral do Orçamento.

 
 
 
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