Universidade

Berkeley e Stanford envolvidas
Minho gere os genes

João Guimarães cópia.jpgUm investigador da Universidade do Minho criou um modelo computacional que pode abrir caminho à programação genética de organismos e acelerar o desenvolvimento de novos produtos. O doutoramento de João Guimarães em Bioinformática, recém-concluído em Braga, teve a parceria das universidades de Califórnia Berkeley e Stanford, nos EUA. O estudo já foi premiado e publicado em revistas científicas de topo, como a Nature Methods.

"Tal como no passado se otimizaram os microrganismos para fazer cerveja, pão ou queijo, o objetivo atual passa por modificá-los para que produzam compostos ainda mais complexos e valiosos, como biocombustíveis e novos fármacos. Criei um modelo computacional que mapeia e prevê com precisão o resultado de certas sequências combinadas de ADN, que podem ser reutilizadas em vários contextos e assim contribuírem para que no futuro seja mais fácil alcançar produtos de valor acrescido para a sociedade", diz João Guimarães.

"Numa comparação com a eletrónica, não inventei um telemóvel de última geração, mas sim componentes essenciais como circuitos e resistências", realça. O investigador aprofundou em particular sequências de ADN de uma das bactérias mais usadas na indústria, a Escherichia coli. Os cientistas têm agora um conjunto de componentes biológicos previsíveis e de confiança para construir circuitos genéticos, proteínas recombinantes, entre outros. Este ramo da biologia sintética tem uma década e muito potencial, nomeadamente na área farmacêutica, terapêutica e de diagnóstico.

 
 
 
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