Universidade

Novo software na UTAD
Videiras em bytes

UTAD-Fundos-1080_IMG1.jpgO Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, acaba de apresentar um método que identifica e classifica variedades de videira, com recurso a uma imagem hiperespectral da folha da planta.

"É um processo simples e automático: através de uma câmara hiperespectral, que mede vários comprimentos de onda, captamos o espectro da planta e passamos essa informação para o software, que converte os dados utilizando métodos matemáticos avançados e permite identificar variedades de videira", explica o investigador Pedro Melo-Pinto.

A imagem captada fornece mais informação do que uma fotografia normal. "Em vez de vermos três comprimentos de onda, (verde, azul e vermelho) vemos mil bandas de comprimentos de onda, o que nos oferece, além de mais dados, mais precisão e rigor", acrescenta.

Atualmente, existem três técnicas de identificação de variedades de videira: ampelografia, processos químicos baseados em isoenzimas e análises de ADN. Todas exigem que os ensaios sejam realizados por profissionais com muita experiência que, além de demorados, não permitem uma identificação rápida de um grande número de exemplares. São também, por todas estas razões, técnicas caras.

No futuro, os investigadores do centro envolvidos no projeto, Pedro Melo-Pinto e Armando Fernandes, esperam ainda que o método possa vir a expandir-se a outras áreas agrícolas, numa tendência crescente de técnicas mais simples e mais próximas dos utilizadores e com características mais vantajosas do que as metodologias atuais dos laboratórios.

 
 
 
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