Politécnico

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O Instituto Politécnico de Leiria assinalou, no passado dia 12 de novembro, o seu aniversário. Com 3900 novos estudantes, dos quais 2350 em licenciaturas; 600 em mestrados; 820 em cursos de especialização tecnológica; e os restantes em pós-graduações não conferentes de grau e no curso preparatório M23, o IPL tem bem definidas as suas linhas estratégicas.

Nuno Mangas o seu presidente foi claro e objetivo. "Internamente devemos refletir sobre a nossa oferta formativa de forma a promover o seu melhor ajustamento às necessidades da região e à procura por parte dos candidatos. Isto é válido, quer para a oferta de cursos de 1.º ciclo quer, em especial, para a oferta de formações de 2.º ciclo e para os ciclos curtos de formação superior", começou por referir.

O presidente do IPL lembraria ainda, perante a presença do Secretário de Estado do Ensino Superior que "o Politécnico de Leiria não só foi pioneiro na oferta de CETs como é a instituição que disponibilizou a maior oferta formativa e que mais estudantes tem inscritos nestes cursos. Ofereceu estes cursos, não por necessidade, mas por acreditar que os mesmos eram úteis e necessários às empresas e às pessoas da região onde está inserido. E é por continuar a acreditar que este tipo de oferta é essencial para a nossa região, que irá submeter a registo 30 novos Cursos de Técnico Superior Profissional".

No seu discurso, Nuno Mangas abordou ainda a questão da falta de candidatos nos cursos de engenharia. "O número de candidatos que reúnem as condições exigidas para a frequência daqueles cursos é cada vez menor, sem que, aparentemente se assista a um tomar das medidas necessárias para contrariar esta tendência", disse, para depois acrescentar: "nunca defenderei qualquer tipo de facilitismo no que se refere ao acesso ao ensino superior. De igual modo, considero que as regras de acesso têm que continuar a ser exatamente as mesmas, tanto para as universidades como para os politécnicos. Mas, parece-me imprescindível que se analisem as causas e se tomem medidas que permitam que o número de candidatos que escolhem e que reúnem condições de acesso a estes cursos aumente, sob risco de comprometermos seriamente o desenvolvimento do país e, em particular, desta região".

O presidente do IPL falou ainda da necessidade da "publicação do despacho das vagas ser feita bastante mais cedo e de se reforçar a estabilidade das regras de fixação de vagas".

Já sobre o financiamento, ao ensino superior, Nuno Mangas lembrou que tem havido uma forte redução desde 2007. "Isso retira-lhes quase toda a capacidade de investimento, mesmo aquele que se destina à simples renovação de equipamentos e a uma adequada manutenção das suas instalações. Mas tão ou mais preocupante que esta asfixia financeira é a falta de estabilidade e a imprevisibilidade orçamental. Mais complicado do que gerir com pouco, é gerir sem saber com quanto se conta. E, infelizmente, é mais uma vez nesta realidade que vamos iniciar um novo ano orçamental".

Nuno Mangas foi mais longe: "impõe-se por isso que o orçamento inicial das instituições seja desde já ajustado aos compromissos reais a que estas terão que fazer face a partir do dia 1 de janeiro de 2015".

 
 
 
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