Politécnico

25 anos de ensino superior em Idanha-a-Nova
A ousadia de criar e inovar
diretores1.JPGOs 25 anos do ensino superior em Idanha-a-Nova foram assinalados, no passado dia 6, na vila raiana, numa sessão solene que pretendeu recordar a abertura do polo da então Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Castelo Branco (com o polo a abrir antes da própria escola sede na cidade albicastrense). Na altura eram presidentes da Câmara de Idanha-a-Nova, Joaquim Morão, e do Instituto Politécnico, Virgílio Pinto de Andrade.
Na sessão solene, Carlos Maia, presidente da instituição anunciou a criação do Master Executive em Gestão de Unidades de Turismo em Espaço Rural a iniciar no 2º semestre do presente ano letivo e promovido, em consórcio, entre a ESGIN, a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Instituto Politécnico do Porto e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, em colaboração com a Federação Portuguesa de Turismo Rural, a Turihab - Associação do Turismo de Habitação (Solares de Portugal e Casas de Campo) e a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. "Pretende-se formar profissionais com elevados níveis de competência e especialização e requalificar os profissionais que já se encontram do setor. O segundo objetivo é dar seguimento à assinatura do Acordo de Parceria Estratégica entre as Instituições Publicas do Ensino Superior Politécnico com cursos de Turismo, que teve lugar em 14 de novembro de 2016".
diretores.JPGO presidente do IPCB deixou também uma mensagem de esperança aos estudantes. "Com o aumento dos índices de desemprego em Portugal assistiu-se à crescente desvalorização social do ensino superior, com muitas famílias a considerar que o investimento na qualificação não constitui uma mais-valia nem uma vantagem competitiva para ingressar no mercado de trabalho. Mas tal como nos outros países da OCDE, também em Portugal a titularidade de um curso superior reduz o risco de desemprego e aumenta a remuneração auferida. Segundo a OCDE o salário médio dos trabalhadores licenciados em Portugal é cerca de 80% superior ao dos trabalhadores com o ensino secundário. O retorno da educação superior está entre os mais altos da OCDE. Também é conhecida a relação entre os graus de qualificação da população e os níveis de crescimento económico. A qualificação dos cidadãos é a única forma de aumentar a produtividade, a atratividade e a competitividade. Um dos bem mais preciosos de que um país dispõe é o acesso dos cidadãos a qualificação superior. O défice de qualificação dos cidadãos será sempre mais lesivo e penalizador para qualquer país do que qualquer défice orçamental".
diretores2.JPGA história da abertura do ensino superior em Idanha-a-Nova foi contada num filme, e num livro, editado pela RVJ Editores, onde os intervenientes explicam na primeira pessoa como tudo se passou.  Armindo Jacinto, presidente da Câmara raiana, diz nesse mesmo livro que"é inegável que a Escola teve um impacto muito positivo a vários níveis. Antes de mais trouxe talento para o território, não só ao nível do corpo docente e discente, mas também por via da cooperação com outras instituições de ensino superior e diferentes áreas de investigação. Na sua face mais visível, a oferta educativa e a qualidade que é reconhecida à ESGIN também traz, todos os anos, estudantes de todo o país e além-fronteiras. Esse fenómeno tem sido um ativo de enorme relevância para a qualificação social, cultural e empresarial de Idanha-a-Nova. Mas também os Idanhenses e o meio empresarial têm sabido tirar partido da proximidade ao Ensino Superior. A própria Câmara Municipal tem hoje, nos seus quadros, um número significativo de diplomados pela ESGIN que são uma mais-valia em diversas áreas de intervenção".
Já na cerimónia, Armindo Jacinto destacaria a importância que o município está a dar à educação "desde o berçário até à universidade sénior. Aquilo que pretendemos é um nível de educação de excelência, de forma a que possamos atrair e fixar população. E esta exigência é transversal a todos os níveis de ensino".
diretores3.JPGPor sua vez, Ana Rita Garcia, atual diretora da escola, lembrou que "nos últimos anos as licenciaturas e o mestrado foram avaliados pela A3ES. Foram acreditadas, duas novas licenciaturas: Administração Pública e Gestão Autárquica e Gestão Comercial. Apostou-se no ensino pós-laboral das licenciaturas em Solicitadoria e Gestão Hoteleira. Criaram-se os Cursos de Especialização Tecnológica em: Organização e Gestão de Eventos; Serviços Jurídicos; Gestão Hoteleira de Restauração e Bebidas. Desenvolveram-se os Cursos Superiores Profissionais em Gestão de PME, Restauração de Bebidas, Gestão e Produção de Cozinha, Serviços Jurídicos, Organização e Gestão de Eventos e de Comércio Eletrónico. Apostou-se na formação pós-graduada: Fiscalidade e Contabilidade, Insolvência e Recuperação de Empresas, Gestão de Negócios (ensino a distância), Master Executive em Gestão de Unidades de Turismo em Espaço Rural. Realizaram-se cursos breves de preparação para o exame de Admissão à Ordem dos Contabilistas Certificados. Estabeleceram-se vários protocolos com ordens profissionais: OCC, Câmara dos Solicitadores, Associação dos Diretores de Hotéis de Portugal; com instituições de ensino superior portuguesas e estrangeiras".
Na cerimónia recordaram-se os anteriores presidentes do Politécnico, Virgílio Pinto de Andrade, Valter Lemos e Ana Maria Vaz, e os anteriores autarcas Joaquim Morão, Francisco Batista e Álvaro Rocha. Joaquim Morão responsável pela instalação do ensino superior em Idanha-a-Nova, lembraria, no livro, que "há 25 anos atrás quando, enquanto presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, fui propor ao presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Professor Doutor Virgílio Pinto de Andrade, a criação de um polo da então Escola Superior de Tecnologia e Gestão para Idanha-a-Nova, houve surpresa e poucos acreditaram que a escola seria uma realidade. Mas foi. Nunca desistimos de ultrapassar os obstáculos, fossem eles quais fossem. E foram muitos. A nossa determinação fez com que o polo da Escola fosse criado em Idanha-a-Nova, numa vila do interior do país, quando todas as outras instituições de ensino superior se localizavam em cidades ou em localidades muito maiores que Idanha-a-Nova. A abertura do polo da Escola foi, por isso, um caso único no país, que ganhou singularidade por ter começado a funcionar antes da abertura da própria escola em Castelo Branco". A sessão solene teve ainda a intervenção da coordenadora da Unidade de Missão para o Interior, Helena Freitas. No decorrer da cerimónia foram distinguidos os responsáveis pelo aparecimento e desenvolvimento do ensino superior em Idanha-a-Nova e foi inaugurada a galeria dos diretores.



 
 
 
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