Politécnico

Albano Silva falou na necessidade de se mudar o nome do Politécnico
Portalegre quer ser universidade e anuncia ampliação da BioBip

albano_silva.jpgO presidente do Instituto Politécnico de Portalegre considera necessário a alteração de nome de politécnicos para universidades politécnicas. Albano Silva falava na sessão solene de aniversário da instituição. "Quando tomei posse há pouco mais de um ano não referenciei esta linha estratégica de ação. Porém, os últimos acontecimentos têm-nos mostrado que o termo Universidade é uma marca clara e socialmente aceite como a mais natural para designar ensino superior, e fundamentalmente no exterior e nas relações internacionais que vamos ampliando, continuamos a sentir uma dificuldade enorme para explicar o que é e o que forma um Instituto. O mesmo não acontece com o termo Politécnico, claramente associado às ciências aplicadas, ao ensino assente no compromisso prático, perto da futura profissão, intimamente ligado à investigação aplicada e ao tecido produtivo e social que servimos", explicou Albano Silva.
O presidente do IPPortalegre considera que "este desígnio tem que ser claramente nacional e coletivo abarcando todo o território de Norte a Sul e do litoral ao interior. É também uma questão de coesão territorial. Sabemos que este objetivo só será atingido com um CCISP cada vez mais forte e unido que continue a aumentar o seu prestígio no panorama do Ensino Superior nacional e internacional. Sei que os laços de união entre os diferentes Politécnicos são verdadeiros e autênticos e será desta forma que continuaremos na persecução de objetivos comuns".
Na sessão solene, Albano Silva aproveitou a sua intervenção para falar em quatro projetos estruturantes. "O primeiro, prende-se com empreendedorismo e com a ampliação da nossa BioBIP. Apresentámos há poucos dias a candidatura ao Programa Operacional Regional do Alentejo - Alentejo 2020, um projeto para ampliação da nossa Incubadora de base tecnológica que designámos por BioBIP2 TechTransfer. Trata--se de um projeto em rede no âmbito do Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia que pretende dar sequência à candidatura de 2013, alargando a sua intervenção para áreas de elevado potencial da região e do próprio Politécnico de Portalegre. Pretendemos aumentar a capacidade de incubação de base tecnológica, potenciando a ligação dos recursos disponíveis no Politécnico de Portalegre com a envolvente, através dos eixos estratégicos da Bioenergia, Centro de Experimentação e Prototipagem, Animação e Multimédia. Neste sentido, pretende-se numa nova área de construção de 1300 m2, reforçar o laboratório de Bioenergia, criar um Laboratório de Fabricação Digital (FABLAB), um Estúdio de Animação e Multimédia, um Laboratório de Eletrónica, robótica e ciência didática, aumentar as áreas de incubação individual e salas de co-work, bem como aumentar os espaços multiusos, com um valor total de investimento de 3,3 milhões de euros. Aproveito também para vos informar que a nossa BioBIP vai acomodar o Laboratório Circular do Alentejo, protocolo que hoje vamos assinar; e também vai acomodar um polo do Laboratório Colaborativo Pro-bio-refinaria, recentemente aprovado pela FCT", disse.
Como segundo projeto, Albano Silva fala na Unidade de Investigação Valoriza, que conta com investigadores principais e investigadores colaboradores, na área da valorização dos produtos endógenos e que se foca em três dimensões ou pilares principais: energia e valorização de resíduos; produção sustentável e ambiente; e valorização de territórios de baixa densidade transfronteiriços.
A implementação de uma nova forma de comunicar para o exterior e de uma nova imagem simplificada é o terceiro projeto. "Tem sido feito um enorme trabalho nesta área e sabemos que hoje a afirmação do Politécnico também se faz pela força da imagem que passamos. Há poucos anos recriámos a nossa imagem gráfica, hoje modernizamos essa imagem no sentido de afirmar o P de Politécnico e de Portalegre, com as nossas cores que pretendem fixar referências de simplicidade, jovialidade, inovação e modernidade".
Já o quarto projeto estruturante está relacionado com o reforço do Campus Politécnico. "Reforçar o Campus Politécnico tem vários objetivos: alargar a comunidade académica no Campus e criar-lhe melhores condições de trabalho, de desporto e de lazer; e aproximar o Campus Politécnico à cidade que teve uma primeira fase com o aumento da zona industrial, mas que deverá ter uma segunda fase com melhoria das acessibilidades, nomeadamente com construção de uma ciclovia que permita aos estudantes, professores e funcionários movimentarem-se de forma mais autónoma, saudável e segura, e à população redescobrir o Campus Politécnico nas suas atividades de lazer numa das poucas zonas planas da cidade".
Albano Silva fala também da "integração ainda parcial da ESS no Campus Politécnico e a integração global que se prevê até ao final do ano letivo é um reforço de vida do nosso Campus Politécnico". E acrescenta: "o nosso objetivo, sempre o dissemos, é reforçar o Campus Politécnico, dar-lhe mais vida, mais dimensão e um ambiente académico mais inovador e tranquilo, ao mesmo tempo que trabalhamos para levar as residências para o centro da cidade, onde os estudantes possam usufruir das atividades culturais e de lazer que a cidade lhes pode proporcionar".
Numa outra dimensão, o presidente do Politécnico aborda a questão da falta de alojamento. "Para repensar essa questão surgiu a ideia de nos lançarmos num projeto com a CMP e a participação da Fundação Robinson, de reabilitar dois prédios da antiga Fábrica Robinson para instalação de residência, ginásio, lavandaria, e outros apoios logísticos que sirvam os estudantes do Politécnico, mas também da EHT".

 
 
 
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