IPCB
Conselho Geral aprova reorganização
O Conselho
Geral do Instituto Politécnico de Castelo Branco aprovou, no
passado dia 2, com a presença de 21 conselheiros, com 15
votos a favor, 3 abstenções e 3 votos contra a proposta de
Restruturação Organizacional da instituição. António Fernandes,
presidente do Politécnico, revela que com essa aprovação ficou
"mandatado pelo Conselho Geral para diligenciar para que se proceda
à implementação da proposta de Reestruturação Organizacional do
IPCB, visando a constituição de 9 departamentos transversais a toda
a instituição, cada um abarcando áreas CNAEF (Classificação
Nacional de Áreas de Educação e Formação)".
António Fernandes revela que o IPCB irá organizar-se "em quatro
novas Escolas, resultantes da associação dos nove departamentos,
conforme também referido no documento".
O presidente explica que "a proposta de Reestruturação
Organizacional teve como ponto de partida o diagnóstico do IPCB no
contexto da atual organização cientifico-pedagógica, da procura da
instituição por novos estudantes e das restrições orçamentais.
Foram identificados aspetos internos relacionados com o
funcionamento da Instituição suscetíveis de alteração com
consequente melhoria dos níveis de eficiência e eficácia
organizacional, garantindo a articulação, transversalidade e
complementaridade entre áreas do conhecimento e a otimização de
recursos".
No seu entender esta reorganização pretende "reforçar a massa
crítica para a criação de grupos (fortes) de investigação e de
formação, em áreas estratégicas determinantes para o IPCB; Garantir
a articulação entre a multidisciplinaridade e a existência de áreas
fortes de formação e de investigação, respeitando a identidade de
cada uma; e otimizar a gestão de recursos (humanos, materiais e
físicos)".
"Simultaneamente à restruturação organizacional deverão ser
adotadas estruturas administrativas menos hierarquizadas, mais
simples e flexíveis, baseadas em modelos que permitam a
responsabilização pela obtenção de resultados", diz António
Fernandes, enquanto revela que "tudo indica que a reestruturação
organizacional do IPCB promova a conceção e o desenvolvimento de
novas ofertas formativas alinhadas com as novas Escolas e que
respondam às atuais necessidades da sociedade. Dos novos arranjos
são esperados ganhos de atratividade pela especificidade e natureza
inovadora dessas formações. Reforçar a ligação ao tecido
empresarial e institucional mantém-se como uma importante
orientação estratégica, sendo essencial apostar em iniciativas
conjuntas geradoras de especialização tanto no contexto do ensino e
investigação como da prestação de serviços que melhorem a dinâmica
de atração, captação e fixação de jovens e técnicos qualificados na
região".
O presidente do IPCB diz que "não se trata de extinguir qualquer
Escola em particular ou formações existentes. Pretende-se, acima de
tudo, aproveitar o efeito sinergético resultante da associação de
áreas afins presentemente afastadas, com melhoria ao nível da
formulação de novas propostas de formação e ganhos de atratividade.
Por outro lado, maior dimensão (escala) em cada departamento, e
consequentemente em cada uma das novas Escolas, permite definir
estratégias próprias e capacitar a Instituição para o futuro,
reforçando a sua afirmação no panorama nacional e internacional, e
fazendo o seu próprio caminho".
António Fernandes revela que "este é um processo necessariamente
longo, complexo e exigente. Será muito bom que se consiga terminar
este processo no prazo de um ano. Mas isso, depende naturalmente da
resposta dos órgãos aos pedidos que lhes serão
formulados".
O próximo passo passa pela "criação dos novos departamentos
segue-se a necessária afetação dos docentes do IPCB aos mesmos.
Após a formalização dessa afetação proceder-se-á à definição da
designação final dos departamentos e posteriormente da designação
final de cada uma das novas escolas. No que concerne à designação
quer dos 9 novos departamentos quer das 4 novas escolas, a proposta
que apresentei ao Conselho Geral é mesmo uma proposta. Serviu
apenas para facilitar a comunicação nas reuniões havidas.
Naturalmente que caberá aos órgãos do IPCB pronunciarem-se sobre
essas questões. De seguida teremos que partir para o processo de
revisão estatutária, sendo que os novos estatutos terão que ser
aprovados pelo Conselho Geral e homologados pelo Ministro da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior", justifica.