ESGIN fez 28 anos
Escola chega aos 600 alunos
A Escola Superior de
Gestão de Idanha-a-Nova do Instituto Politécnico de Castelo Branco
(ESGIN) assinalou, no passado dia 28, o seu 28º aniversário. Uma
data que foi aproveitada por Sara Brito Filipe, diretora da escola,
para recordar o percurso da instituição e aqueles que tornaram
possível a criação do ensino superior em Idanha-a-Nova, primeiro
com o polo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Castelo
Branco e depois com a criação da Escola Superior de Gestão, casos
de Joaquim Morão, na altura presidente da Câmara de Idanha-a-Nova,
e de Domingos Santos Rijo, primeiro diretor da escola.
Sara Brito referiu-se também à entrada de 252 novos alunos na
escola. "Um número muito interessante, considerando os das
instituições similares no interior e territórios de baixa
densidade. E só 25 por cento são do distrito". No total a escola
tem hoje 600 alunos, o que representa um aumento de 20 por
cento.
Numa altura em que se fala da reestruturação organizacional do
Politécnico de Castelo Branco (ver página 10), Sara Brito disse
conhecer "a situação do IPCB, as dificuldades que apresenta, o
esforço para honrar todos os compromissos. Estaremos disponíveis
para colaborar, como estivemos até aqui, para encontrar as melhores
soluções (…) O principal constrangimento está a ser vivido dentro
da instituição, com o processo de reorganização. A ESGIN é um motor
de desenvolvimento deste concelho e da região. Conseguiu atrair
talento e competência para este território, gerando dinâmicas
locais e regionais de divulgação do conhecimento. Creio poder
afirmar que Idanha está grata à ESGIN e ao IPCB. Mas também nós
estamos muito gratos em Idanha que há 28 anos conseguiu todas as
condições para aqui instalar o então polo da ESTIG, além de
disponibilizar financiamento e infraestruturas que, ao longo dos
anos, foram aumentando". O entendimento entre a ESGIN e a autarquia
"tem permitido o desenvolvimento da instituição como um todo.
Importa mantê-lo e até reforçado, para bem de todos. Nunca como
agora teve tanto sentido a expressão a união faz a força".
Na mesma cerimónia, Armindo Jacinto, presidente da Câmara de
Idanha-a-Nova, voltou a criticar a possível perda da sede da escola
de ensino superior em Idanha-a-Nova em resultado da reorganização
(aprovada em Conselho Geral do IPCB de 2 de dezembro) afirmando que
"o momento é de dar as mãos, com todos os diferentes atores no
território e consolidar a estratégia que os diferentes governos
definiram para a implementação do ensino superior público no
interior e contribuir para o seu crescimento, esbatendo assim as
assimetrias regionais". Nos últimos seis anos a autarquia investiu
na ESGIN "cerca de 2,5 milhões de euros e perspetiva fazer mais um
investimento de três milhões de euros a partir de 2020. A Câmara
sempre foi mecenas da ESGIN, tornado-a na escola com menos custos
no IPCB, com cursos e funcionamento sustentáveis. 2020 trará a
reabilitação urbana de mais 200 camas para os estudantes, mais 70
computadores para renovar o parque informático da ESGIN, a
reestruturação do seu edifício sede em termos de eficiência
energética, no âmbito de uma candidatura da Comunidade
Intermunicipal da Beira Baixa ao Portugal 2020, ou ainda a
instalação de novas cozinhas, associadas ao Colab para apoiar novos
cursos de gestão hoteleira".
António Fernandes, presidente do IPCB, encerrou a sessão onde antes
já tinha intervido Margarida Prudêncio, em representação dos
estudantes. O responsável pelo Politécnico considera que os
resultados alcançados se devem "à diretora, ao sub-diretor, aos
presidentes dos órgãos de gestão, aos professores, alunos, amigos,
funcionários, aposentados, diplomados, ao IPCB, às câmaras de
Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor, Oleiros, em suma, a toda
a região".
O presidente do IPCB reconheceu que o Politécnico "teve um
crescimento inédito naquilo que é a sua atratividade, em especial a
ESGIN, que conseguiu atrair no último ano 104 novos alunos
estrangeiros, o que causou algumas dores de crescimento".