Universidade

Projeto multidisciplinar no Minho
Próteses inteligentes

Minho1 cópia.jpgUma investigação coordenada pelo Centro de Física da Universidade do Minho prepara-se para propor ao setor da saúde um desenvolvimento multidisciplinar que promete revolucionar a aplicação de próteses. Os desenvolvimentos já validados asseguram um índice de rejeição menor, para além de admitirem desenvolver aplicações personalizadas através da monitorização, permitindo ajustar o procedimento caso a caso.

O projeto utiliza materiais capazes de avaliar forças e deformações e também de aplicar estímulos elétricos ao tecido ósseo. "Temos desenvolvido uma série de novos materiais biocompatíveis e bioativos em alguns casos, que nos permitem a monitorização do que está a acontecer nas próteses e nas suas interfaces durante a fase de desenho e testes, assim como logo que são implementadas no corpo humano", adianta Senentxu Lanceros-Mendez, investigador do Centro.

Nos resultados diferenciadores destacam-se os materiais com novas funcionalidades, sensores e métodos inovadores de processamento de alguns materiais. Mas as grandes conquistas relativamente às próteses são, por um lado, a monitorização das forças e das deslocações que permite desenvolver aplicações mais personalizadas para cada caso e, por outro lado, a funcionalização de alguns destes materiais de forma a promover o desenvolvimento celular e a osteointegração ou outro tipo de bioatividade, combatendo problemas de integração no corpo do doente. O investigador responsável salienta: "Finalmente construímos, efetivamente, próteses inteligentes, incluindo a matriz de sensores e os sistemas eletrónicos de adquisição e transmissão de dados, e demonstrámos a sua viabilidade com vários tipos de testes internos e externos".

 
 
 
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