Universidade de Évora
Inibidor contra Alzheimer
Uma equipa de investigação internacional, liderada
por Anthony Burke do Centro de Química de Évora da Universidade de
Évora (CQE-UÉ), produziu com sucesso um novo inibidor da enzima
Colinesterase, fundamental para assegurar a comunicação entre
neurónios em doentes com a doença de Alzheimer.
Inovadora, esta molécula é quiral, apresentando apenas na sua
composição o ingrediente ativo benéfico. É, por isso "mais segura
para o organismo humano", como afirma o investigador, sendo
atualmente a produção da forma quiral ativa um grande desafio para
a indústria farmacêutica a nível mundial.
A doença de Alzheimer é uma doença neurológica crónica que provoca
uma deterioração progressiva e irreversível de diversas funções
cognitivas, progressivamente a realização das atividades
quotidianas. Este facto deve-se aos baixos níveis da acetilcolina
(ACh), um neurotransmissor essencial para manter as funções normais
do cérebro. Se a ação das enzimas Colinesterases (ChEs), que
destroem a acetilcolina, for inibida, asseguram-se os níveis
daquele neurotransmissor. Por isso, os inibidores da ChEs funcionam
como fármacos.