Politécnico

Covid-19: Politécnico de Setúbal produz álcool para fabrico de gel desinfetante

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Os laboratórios do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) produziram, no passado dia 23 de março, cerca de 50 litros de álcool gel e iniciaram a produção de viseiras de proteção, com recurso a impressoras 3D. Isso mesmo informou a instituição em nota enviada ao Ensino Magazine.

Na mesma nota é referido que "com os laboratórios vazios de estudantes, na sequência da suspensão das atividade letiva em regime presencial, o IPS está a pôr um marcha um conjunto de ações que visam colocar os seus recursos, materiais e humanos, ao serviço da comunidade, contribuindo assim para suprir algumas das principais carências sentidas pelos serviços de saúde e forças de segurança na resposta à pandemia de COVID-19".

A produção de gel desinfetante, seguindo as diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS), decorreu nos laboratórios da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS) e resultou de uma parceria com o município local, que, através do seu presidente, Frederico Rosa, abordou o estabelecimento de ensino no sentido de se encontrarem formas de mitigar as faltas de material de proteção individual em vários serviços de primeira linha a atuar no concelho.

A solução, composta por etanol (álcool), peróxido de hidrogénio (água oxigenada), glicerina e água (destilada ou da torneira), "não é de todo um produto complexo", implicando apenas "os devidos cuidados com o peróxido de hidrogénio, que queima a pele, na concentração existente no laboratório, e a inflamabilidade do etanol a 96% (v/v). Foram sempre usadas luvas durante todo o procedimento e máscaras de proteção", explicou Gabriela Gomes, responsável técnica, que teve a colaboração de dois outros docentes e membros da direção da ESTBarreiro/IPS, Pedro Neto e Telma Guerra Santos. Depois desta primeira experiência, os responsáveis manifestam disponibilidade para continuar a produzir álcool gel como forma de "colaborar e agir perante este flagelo que nos atinge a todos, e que se repercutiu na nossa comunidade escolar".

Outra das contribuições da equipa multidisciplinar entretanto criada no IPS para apoiar a comunidade no combate à pandemia de COVID-19 é a produção de viseiras de proteção, que arrancou esta semana, na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), depois de vários dias de testes para afinar o processo, sob a responsabilidade dos docentes Nuno Nunes e Ricardo Cláudio.

O material foi produzido nas seis impressoras 3D do laboratório Innovation Lab, recurso de grande utilidade, sobretudo para os docentes e estudantes das áreas de biomédica e aeronáutica, na produção de peças complexas. O processo envolveu uma equipa de perto de 20 voluntários, entre docentes e funcionários, que se revezam em quatro turnos diários.  A produção estimada é de 24 viseiras por dia, que para já terá como principais destinos a delegação de Setúbal da Cruz Vermelha Portuguesa e os centros hospitalares de Setúbal e do Barreiro, também graças à colaboração de docentes da área da Logística (Escola Superior de Ciências Empresariais), que asseguram o embalamento mais adequado.

 
 
 
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