Politécnico

Diplomado da ESAD.CR
Facas com criatividade

IMG_8677.JPGÉ a partir da Fábrica da Criatividade em Castelo Branco que Vasco Veríssimo, 22 anos, diplomado pela Escola Superior de Artes e Design do Instituto Politécnico de Leiria, cria facas de cozinha únicas e originais. Peças de autor, com assinatura e direito a acessórios também únicos, desenhadas e produzidas pelo jovem natural de Vila Velha de Ródão que, apesar de ser licenciado em Design Gráfico, cedo percebeu que o que mais gostava era o design de produto. A aventura começou em agosto de 2019 e o que era para ser um passatempo tornou-se num projeto de vida. "Sempre tive a ideia de produzir facas. Já durante o curso, nas Caldas da Rainha, pude estar na oficina do principal cuteleiro português, Paulo Tuna, por intermédio de um professor da altura. Fiquei com muita vontade de produzir as minhas peças. Foi aí que surgiu a Fábrica da Criatividade, um espaço único no país. Quando me disseram que isto era assim eu não acreditei e o que era para ser um projeto de verão passou a ser uma aposta de vida profissional", explica. Todo o processo é feito por Vasco Veríssimo, desde a ideia ao desenho e à sua produção. "Quero dar um novo ar a uma arte antiga", começa por referir. Nas oficinas que ocupa de forma gratuita na Fábrica da Criatividade procura fazer peças únicas. Cada uma é diferente da outra. É ali que trabalha a madeira para os cabos e o aço para as lâminas. "As facas são todas feitas aqui. O primeiro passo neste processo é pensar no estilo de faca que vou fazer, pois na cozinha são utilizados vários tipos, cada um com a sua função. Depois desenho-a e passo à produção", explica. Uma faca pode demorar dois dias a estar concluída. Mas há peças que podem ficar prontas em duas semanas. A média, como diz, são quatro dias. É um trabalho rigoroso que se afasta do conceito de produção fabril. "O aço é trabalhado numa forja que fiz. Tenho uma bigorna que criei com carris de linha de comboio, onde dou a textura certa ao aço. Depois tempero-o no forno das oficinas de cerâmica, também aqui na Fábrica da Criatividade". Às facas, Vasco Veríssimo acrescenta valor. "Como tenho formação em design gráfico, não me limito apenas a produzir as facas. Faço também os acessórios, como as bainhas (que protegem a lâmina), os cabos ou as caixas que depois serão úteis na bancada da cozinha", adianta, enquanto mostra algumas das peças que já estão concluídas. Carlos Matos, responsável pela Fábrica da Criatividade, mostra-se satisfeito com o que fervilha naquele espaço. Sobre a arte de Vasco Veríssimo diz que "é muito interessante fazer a ligação ao ancestral associando um conceito de design e de modernidade, na procura de nichos de mercado bem identificados". E Vasco Veríssimo tem bem definido o seu público-alvo: chefs de cozinha e pessoas com poder de compra. O preço das facas varia entre os 50 euros e os 300. "Tudo depende do produto final. São peças atuais e únicas, de autor, que no futuro poderão valer mais", refere. A vontade de singrar neste projeto é grande. Vasco Veríssimo diz que há dois chefs a utilizar facas suas, um no Porto, e outro, de Sushi, no Algarve. "O feedback é positivo", assegura. Neste momento é através da rede social Instagram que Vasco Veríssimo mostra os seus produtos, mas a curto prazo pretende "ter uma página de internet a que tenha associada a questão das vendas", conclui.

 
 
 
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