Navegação por satélite
UBI e Nasa juntas
A Universidade da Beira Interior (UBI) está a
desenvolver uma parceria com a NASA, no âmbito dos sistemas de
navegação por satélite, que se prepara para continuar no próximo
ano, informa a UBI na sua página de internet.
Na ligação científica ao Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA,
a UBI tem tido a responsabilidade de instalar estações permanentes
de Global Navigation Satellite System (GNSS) em todo o planeta e
depois apoiar o JPL na sua manutenção, através da monitorização da
sua funcionalidade. Há estações instaladas desde a Gronelândia às
Ilhas Fiji, inseridas num sistema que pode ser essencial para os
mecanismos de alerta de catástrofes naturais.
O trabalho desenvolvido com o JPL é feito através do laboratório
SEGAL - Space & Earth Geodetic Analysis Laboratory, sediado no
DI-UBI, que foi criado pela Universidade da Beira Interior e o
Instituto de Geofísica Infante D. Luís, na área do posicionamento
absoluto.
O SEGAL colabora com várias instituições científicas
internacionais, mas, com a ligação ao JPL, a UBI está a cooperar
com a instituição que, como laboratório da NASA, "mais contribui
para o IGS - International GNSS Service, o qual é a base dos
sistemas de referência modernos dos países, permitindo a
georeferenciação de todos os objetos (cadastro, construção de
infraestruturas e mapas entre outros)", salienta Rui Fernandes,
coordenador deste trabalho.
O docente do Departamento de Informática da UBI (DI-UBI)
acrescenta que "o objetivo específico do JPL é estabelecer uma rede
de estações que permita posicionar qualquer ponto em qualquer parte
do mundo, em tempo real, com uma precisão de poucos centímetros, o
qual é essencial para os sistemas de aviso de desastres naturais,
nomeadamente terramotos e potenciais tsunamis".
Esta colaboração com uma das instituições mais avançadas na área
tem permitido a realização, a cada dois anos, de cursos de formação
no processamento de dados GNSS e facilita o "acesso a dados e
produtos que não são do domínio público e que permitem ao grupo
fazer investigação de ponta", conclui Rui Fernandes.