Vice-Presidente do IPG em evento da ESTH
Turismo é factor estratégico
"O Turismo representa para
o nosso país um fator estratégico para a promoção da economia e
elevação do bem-estar social das regiões recetoras". Isso mesmo
defendeu o vice-presidente do Instituto Politécnico da Guarda,
Gonçalo Fernandes, no decorrer do evento "Tur&Centro: Um
Encontro de Diversidades" que decorreu, a 11 e 12 de Janeiro, na
Escola Superior de Turismo e Hotelaria do IPG.
Para Gonçalo Fernandes, "a sua
evolução e o seu carácter dinâmico, com implicações diretas nas
comunidades e no território implica uma abordagem cada vez mais
cuidada e com referências técnicos capazes de fomentarem o
incremento desta atividade de forma sustentável, quer a nível
socioeconómico, quer ambiental".
Na perspetiva do vice-presidente do
IPG, "as práticas e os produtos turísticos a desenvolver e promover
terão que se sustentar, cada vez mais, na diferença, na
autenticidade, na sua cultura e nas valias associadas aos elementos
naturais que compõem as paisagens e nos recursos que albergam."
Na sua intervenção, acrescentou
ainda que "a capacidade de atração deve ser percecionada por via da
valorização dos elementos intrínsecos dos destinos e pela
capacidade de inovar na sua transformação como produtos
turísticos".
Gonçalo Fernandes sublinhou ainda
que as "especificidades territoriais, tem constituído
indubitavelmente fatores de condicionalismo e constrangimento ao
desenvolvimento destas regiões interiores e não tem tido o devido
enquadramento quer nos instrumentos de gestão do território, quer
no equacionar de políticas específicas, que reconheçam os problemas
e promovam intervenções solidárias e concertadas, capazes de
induzir uma verdadeira coesão territorial e desenvolvimento
turístico."
O vice-presidente do Politécnico da
Guarda relembrou o facto de estarmos num território em que as
"características e as imposições físicas da montanha, marcam e
pautam as suas formas de apropriação, o que conjuntamente com a
ausência de políticas específicas vem originando ao longo das
últimas décadas uma penalizadora evolução demográfica, que
acompanha e é resultado da desarticulação da estrutura produtiva,
promovendo o acréscimo de fragilidade destes espaços e suas
comunidades."
Por outro lado, como salientou, os
recursos que "detém e o seu posicionamento terão que promover novas
funcionalidades, capazes de recuperar as suas tradições, valorizar
o seu património, inovar nas práticas sociais, reconverte as
estruturas produtivas, divulgar a sua cultura e fomentar as
atividades ligadas com a terra, os modos de vida locais".