Politécnico

Conselho Geral recebeu apenas uma candidatura
Carlos Maia é candidato único

P1015669.jpgCarlos Maia, atual presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, foi o único candidato a apresentar-se, junto do Conselho Geral daquela instituição, às eleições de 30 de janeiro para o cargo de presidente do IPCB. Isso mesmo apurou o Ensino Magazine junto daquele órgão.

Deste modo, as eleições para a presidência do IPCB, vão ser corridas a uma só voz. Nas últimas apresentaram-se três candidatos (Carlos Maia, Fernando Raposo e Arminda Guerra), as anteriores foram disputadas por Ana Maria Vaz e José Carlos Gonçalves, e Valter Lemos, para o seu último mandato disputou as eleições também com José Carlos Gonçalves.

O prazo da entrega de candidaturas decorreu até ao passado dia 20, e segundo nos foi confirmado apenas foi recebida a candidatura de Carlos Maia. De acordo com o calendário eleitoral, o passo seguinte, após a admissibilidade do candidato, será uma audição pública, a qual poderá ocorrer a 29 ou 30 de janeiro. No dia 30 será então efetuada a eleição no seio do Conselho Geral.

Carlos Maia revelou a sua intenção de se candidatar no final de 2012. Nessa altura, o presidente do IPCB referiu ao nosso jornal que a decisão de se recandidatar foi "ponderada, até porque os tempos são muito difíceis. Mas esse foi um fator que tive em conta na decisão de me recandidatar, pois não poderia voltar as costas à instituição". O atual presidente do IPCB acrescentava que o "compromisso assumido com a instituição há quatro anos atrás não se esgota neste primeiro mandato".

O anúncio da recandidatura de Carlos Maia foi feito ainda antes da constituição do atual Conselho Geral, o qual para além de Proença de Carvalho é composto pelos membros cooptados António Trigueiros de Aragão (Administrador da Fábrica Lusitana; presidente da Direção do NERCAB), José Pedro Salas Pires (diretor de Serviços e Tecnologias da Informação da PT), Adelina Maria Machado Martins (diretora Regional de Agricultura e Pescas do Centro), Armindo Jacinto (presidente do Conselho de Administração da Naturtejo), António Vieira Pires (presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco) e António de Melo Bernardo (diretor da Segurança Social de Castelo Branco).

O Conselho Geral integra ainda os seguintes docentes e investigadores, eleitos pelos seus: Celestino Almeida, Maria João Guardado Moreira, João Petrica, Nuno Castela, Ana Fernandes, Isabel Margarida Antunes, João Ventura, Sara Nunes, Maria Teresa Albuquerque, António Fernandes, João Carneiro, Maria Cristina Almeida e Maria Luísa Castilho. O representante eleito do pessoal não docente foi Ricardo Batista, enquanto os estudantes eleitos foram, de acordo com o IPCB, Paulo Regalo, Arnaldo Faustino, João Nunes e João Duarte.

Quando anunciou a sua candidatura, Carlos Maia explicava ao Reconquista que os últimos anos no IPCB foram marcados "por algumas conquistas e pela reorganização do Politécnico, pois foi publicada muita legislação nova, como o estatuto da carreira docente, ou as alterações legislativas face ao pessoal não docente, etc. Para além disso acompanhámos atentamente a questão orçamental da instituição, pois tem-se verificado uma asfixia gradual".

Apesar dessas dificuldades, Carlos Maia mostrava-se satisfeito. "Temos motivos para estar satisfeitos. Obviamente que a avaliação do nosso trabalho caberá à região (sobre o papel que o IPCB desempenha) e à academia". O presidente do IPCB deu então alguns exemplos que considera importantes: "conseguimos construir um centro de investigação em zoonoses, temos mais docentes inseridos em centros de investigação de universidades (no IPCB mantém-se o desafio de se criarem novos centros de investigação, agora com uma nova estratégia que passará pela criação de centros de estudos), e foi desbloqueada a situação da Escola Superior de Artes Aplicadas numa batalha terrível [onde a Câmara de Castelo Branco assumiu a componente nacional do investimento]. Tendo em conta a conjuntura orçamental, os desafios do IPCB mantém-se e são ainda profundos".

O Instituto Politécnico de Castelo Branco tem um impacto de mais de 40 milhões de euros na região e foi o mais procurado pelos candidatos ao ensino superior no interior do país, ministrando cursos de licenciatura, mestrado, pós graduações e de especialização tecnológica.

 
 
 
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