Lusofonia

Macau: Universidade quer chegar aos 13 mil alunos

O novo campus da Universidade de Macau (UM), um espaço 20 vezes maior que o anterior, que começou a receber alunos há um ano, espera acolher até 13.000 estudantes até 2021, quase mais 3.000 que atualmente.

"Isto não é uma universidade, é uma 'univercidade', temos aqui todos os serviços inerentes a uma cidade", considerou o vice-reitor Rui Martins.

Com o metro ainda em construção e o novo hospital previsto para 2017, o novo campus da Universidade de Macau foi a grande obra do primeiro mandato do chefe do executivo, Chui Sai On, reeleito em dezembro por mais cinco anos.

A UM saiu das suas instalações na colina da Taipa e inaugurou um novo conceito: mudou-se para um terreno fora das fronteiras de Macau, na Ilha da Montanha, mas com um estatuto especial que permite estar sob jurisdição da Região Administrativa Especial - ou seja, aplica-se a lei de Macau e não a lei da China continental.

Apesar de o espaço ser muito maior, o número de alunos é apenas 3,8% superior, fixando-se agora nos 9.300 estudantes. A meta é chegar aos 10.000 alunos em 2016/2017 e aos 13.000 em 2021/2022, disse o vice-reitor.

A UM apostou num modelo atípico para o continente asiático, onde alunos e professores podem viver no campus, nos chamados colégios residenciais. Hoje, a universidade tem oito residências, onde vivem cerca de 3.500 estudantes, mas espera abrir mais quatro.

Nos cursos de licenciatura, a maioria dos alunos, 80%, é de Macau, e os restantes são oriundos maioritariamente da China. Com o número de alunos locais no ensino secundário a cair, a universidade olha para exterior e quer apostar na atração de estudantes de Hong Kong, Taiwan, Malásia e Índia, entre outros.

O campus acolhe também 360 dos 557 docentes, havendo capacidade para 800. Apesar de afirmar que o "quadro docente é cada vez mais qualificado", Rui Martins admitiu que o teto salarial, imposto devido à indexação à tabela da função pública, impede a universidade de efetuar algumas contratações.

Tendo em conta o mais recente aumento à função pública, introduzido em janeiro, um professor catedrático de nível mais elevado pode receber, no máximo, 86.900 patacas (9.600 euros). Esse valor só pode ser ultrapassado em situações excecionais que têm de ser aprovadas pelo conselho da universidade.

Esta situação pode alterar-se com a aprovação dos novos estatutos da universidade, esperada para este ano, permitindo "mais capacidade de competição no mercado do ensino superior no que toca ao recrutamento de outros professores", disse.

 
 
 
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