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Estudo da UTAD alerta pais
UTAD-Fundos-1080_IMG1.jpgOs processos de planeamento das cidades e políticas de promoção da vida saudável revelam uma absoluta desconsideração pelas crianças, que estão cada vez mais sujeitas a grandes perigos nos espaços urbanos. A conclusão é de um estudo da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), realizado em colaboração com o Instituto da Criança na Cidade, no âmbito do curso de mestrado em Arquitetura Paisagista.
As ruas e avenidas são, por norma, desenhadas para o automóvel e raramente permitem um acesso atrativo e seguro entre casa e escola. A respeito da mobilidade e interação social das crianças na cidade, a UTAD concluiu que o grau de independência das crianças "é inexistente", e que a sua vivência é "constantemente mediada pelos adultos", gerando "receios relativamente à sua segurança pessoal e inibindo oportunidades para a descoberta e para a experiência".
Segundo a arquiteta paisagista Andreia Ramos, autora do estudo, "as crianças parecem conceber a rua como o espaço do automóvel, e por isso, considera-se urgente recentrar a rua nos peões e especificamente nas crianças, para os casos dos percursos casa-escola". Recomenda ainda que haja "maior empenho na educação e sensibilização da população para a importância da mobilidade das crianças na cidade", até porque se prova que "a grande maioria das crianças, se tivesse voz no momento da tomada de decisão sobre o seu modo de deslocação, optaria pelos modos suaves, uma escolha justificada pelo apreço pela liberdade".



 
 
 
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