1ª Coluna

Primeira Coluna
A importância dos de fora e dos de dentro

João CarregaA internacionalização das instituições de ensino superior portuguesas tem sido uma prioridade e um objetivo que nas últimas duas décadas tem saído reforçado em domínios como a mobilidade de alunos, a captação de estudantes internacionais, a investigação, a concretização de projetos científicos e o estabelecimento de convénios que em muitos casos já garante a dupla titulação de cursos.
Atentos, universidades e politécnicos, olham para este eixo de desenvolvimento com cuidado. Ao nível da mobilidade de alunos Erasmus+, têm-se revelado aumentos quer nos números de estudantes de outros países da União Europeia que frequentam semestres em instituições portuguesas, quer nos portugueses que vão para outros países. Também ao nível de pessoal docente e não docente se verificam números muito interessantes. O mesmo sucede com estágios. Falamos de milhares de pessoas e milhões de euros investidos.
Nesta relação de globalidade surgem, num outro patamar, os estudantes internacionais e os alunos estrangeiros que procuram as universidades e politécnicos portugueses para estudar, quer em cursos de curta duração, licenciaturas, mestrados, pós-graduações e doutoramentos. É uma forma diferente de internacionalização, cujos critérios e condições disponibilizados devem ter em atenção requisitos  importantes de forma a que o acolhimento e o sucesso desses alunos, das instituições e das regiões que os recebem seja garantido. Não basta captar estudantes e completar turmas com esse público, pois se apenas isso for feito criam-se problemas de integração, de funcionamento das instituições, de indisciplina e de insucesso. Importa integrar e acolher, mas também exigir, disponibilizando os meios para que o sucesso, a exigência e a responsabilidade sejam alcançados nos planos educativo e social.
Como sempre defendemos, o ensino não tem fronteiras. Partilhamos essa ideia desde o número zero do Ensino Magazine. Sempre olhámos para a internacionalização das instituições como um processo natural. Por isso também abraçámos o mundo da lusofonia, levando a nossa publicação ao Brasil, a África e à Ásia (Macau), iniciando há mais de uma década uma relação estreita com as instituições de ensino superior e secundárias desses países. O mesmo sucede com o espaço europeu, onde somos parte integrante dos principais eventos de acesso ao ensino superior realizados na Península Ibérica, como a AULA e a Simo Educación (em Madrid), a Futurália (Lisboa) e a Qualifica (Porto). Nelas levamos o que de mais importante as universidades e politécnicos nossos parceiros concretizam, divulgando-os junto de centenas de milhares de pessoas. Associamo-nos, deste modo, à internacionalização, abrindo também as páginas da nossa publicação a notícias dessas instituições, mas também a artigos escritos por colaboradores de outros países, como acontece com Espanha, Brasil e Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Deste modo, continuamos a cumprir um dos nossos objetivos, o de informar sem fronteiras, nem tabus. A todos votos de um bom 2020!

 
 
Edição Digital - (Clicar e ler)
 
 
 
 
 
 
 
 
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