Politécnico

Pedro Dominguinhos, presidente IPS
Politécnico de Setúbal quer região competitiva

pedro_dominguinhos1.JPGO Instituto Politécnico de Setúbal está empenhado em tornar a região em que está inserido mais competitiva. Pedro Dominguinhos, presidente da instituição, reforçou essa mensagem ao Ensino Magazine, depois de no aniversário dos 40 anos do IPS o ter anunciado. "Quando falamos de competitividade de uma região, temos que perceber que estamos na presença de um processo que nos remete para uma análise longitudinal, pois não é de um momento para o outro que as coisas acontecem", começa por referir.
No entender do presidente do IPSetúbal, este é "um processo que envolve um conjunto de atores entre entidades públicas, privadas e a sociedade civil. Neste momento a região da Península de Setúbal que tem uma particularidade de estar integrada na área metropolitana de Lisboa. Por isso, é penalizada. Os indicadores económicos são menos competitivos que os da área norte do distrito de Lisboa. Isto significa que Setúbal não tem os mesmos apoios que outras regiões que têm os mesmos níveis de desenvolvimento".
O trajeto e a ambição de contribuir para esse desenvolvimento envolve a academia, as empresas e a própria comunidade. Pedro Dominguinhos recorda que o Politécnico de Setúbal "tem um corpo docente de carreira 100% doutorado" e que tem sido uma aposta do "IPSetúbal ir ao encontro das empresas e organizações. Este foco tem impactos positivos na investigação. Temos uma rotina de visitar empresas e identificar oportunidades, não só de investigação, mas de projetos que estão a ser desenvolvidos pela academia. Isto faz-se do ponto de vista tradicional, através da investigação e prestação de serviços (no último ano ultrapassou o milhão de euros), mas também da responsabilidade social e voluntariado".
É precisamente com a comunidade que surge outro dos eixos que contribuem para o desenvolvimento e competitividade da região, como um todo. "Nós temos uma intervenção significativa junto da comunidade, que passa pela saúde, pelo ambiente, desporto ou pela ação social. Na sequência do prémio Voluntariado do Santander Universidades que vencemos no ano passado, já temos mais quatro empresas que querem apoiar outros projetos. Desta forma, conseguimos reforçar as relações com as empresas, com diferentes entidades, autarquias e com a própria comunidade. Por exemplo, em Sesimbra, entre 21 de junho e final de setembro, há 50 estudantes que permitem que pessoas com mobilidade reduzida usufruam da praia".
O presidente do Politécnico de Setúbal considera que "a conjugação dessas quatro hélices - educação, investigação, prestação de serviços e voluntariado/responsabilidade social - cria uma envolvência muito forte com a comunidade".
Mas este é um percurso longo e de persistência. "O tempo é fundamental, mas tem que haver uma consistência estratégica, e não podemos desistir à primeira adversidade", explica.
Numa outra perspetiva, Pedro Dominguinhos fala também do trabalho de captação de investimento para a região junto das empresas. "Uma das questões que é colocada no AICEP é saber se há relações entre os parques industriais e os centros de saber, pois isso é um elemento diferenciador". O presidente do IPSetúbal dá o exemplo da "instalação e desenvolvimento do setor aeronáutico em Setúbal, o qual está relacionado com a relação entre o Politécnico e o IEFP para a formação de quadros qualificados. Criámos um Ctesp específico para dar resposta às necessidades".

 
 
 
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