Universidade

Miguel castelo-Branco
UBI: aluno no centro do ensino

miguel-castelo-branco.jpgA Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior (FCS) foi das primeiras instituições de ensino superior do país a desenvolver um ensino centrado no aluno, antecipando o espírito da Declaração de Bolonha. Miguel Castelo-Branco, presidente da Faculdade, revela que "essa foi uma aposta vencedora. Assim que a Faculdade foi criada, procuraram-se as melhores soluções no que respeita à organização da própria instituição, mas também ao nível do ensino, onde foi implementado um modelo centrado no aluno, em pequenos grupos, e na criação de condições para aquilo que é a aprendizagem ao longo da vida".

Aquele responsável explica que essa aposta fez com que "no curso de medicina praticamente não surgisse a necessidade de fazer qualquer adaptação ao Processo de Bolonha".

Miguel Castelo-Branco refere que para além de toda a inovação implementada, "a Faculdade de Ciências da Saúde tem também tido um impacto positivo na região em que está inserida. Infelizmente no nosso país ainda há assimetrias regionais - entre o litoral e o interior -, e a criação da Faculdade pretendeu contrariar isso. Ou seja, ela veio melhorar a prestação de cuidados de saúde, ao atrair profissionais altamente qualificados, não só portugueses como estrangeiros, para a própria universidade. Profissionais que aumentaram os recursos humanos e que trouxeram novos saberes, novas dinâmicas, melhorando a prestação de cuidados de saúde".

O presidente da FCS destaca a forma positiva como os hospitais e centros de saúde da região abraçaram o projecto da faculdade. "Não há nenhuma dúvida nessa matéria. Existe em todo o país um problema de articulação entre as instituições de saúde e as de ensino. Mas na nossa região há excelentes relações entre a Faculdade e todas as instituições de saúde".

A própria relação com a comunidade envolvente tem sido uma constante. "Existe um conjunto de iniciativas, desenvolvido pelos investigadores e docentes, e potenciado pela relação que temos com as instituições de saúde", explica.

Com quatro cursos de formação inicial (medicina, ciências farmacêuticas, optometria e ciências biomédicas), a Faculdade poderá avançar com novas ofertas, mas na área da pós-graduação. "Até este ano tivemos a funcionar dois doutoramentos - biomedicina e medicina-, e partir do próximo ano iremos ter um terceiro em ciências farmacêuticas", explica Miguel Castelo-Branco.

Ao nível da investigação, o presidente da Faculdade revela que tem sido feita uma forte aposta. "Estas ofertas formativas pós-graduadas permitem-nos desenvolver projectos de investigação, através do Centro de Investigação de Ciências da Saúde. Temos conseguido um conjunto de projectos apoiados pelas entidades financiadoras, como a Fundação da Ciência e Tecnologia, um conjunto de publicações internacionais e de novos cientistas doutorados", explica.

Miguel Castelo-Branco fala também no estabelecimento de parcerias nacionais e internacionais. "Na área da investigação estamos a apostar nessas parcerias, criando grupos de dimensão adequada para desenvolver processos de investigação. A própria universidade tem feito uma aposta forte nas parcerias internacionais para o intercâmbio de alunos e docentes, através de diferentes programas".

São também essas parcerias que têm permitido à UBI avançar na área da internacionalização. "A UBI tem feito uma forte aposta à internacionalização e a nossa Faculdade também tem contribuído para isso".

Também com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa existem parcerias, as quais pressupõem o intercâmbio de alunos e colaboração no desenvolvimento de programas de docência e curriculares.

O presidente da Faculdade revela que existe uma boa relação com outras instituições de ensino superior, como os politécnicos de Castelo Branco e da Guarda. "Estamos a trabalhar em conjunto em duas perspectivas: a investigação (nas áreas da doença cerebrovascular e da produção animal, por exemplo) e a promoção do ensino multi-profissional (o que permitirá o treino de equipas no ensino ainda pré-graduado)", explica.

A concluir, Miguel Castelo-Branco destaca as condições "excelentes que a Faculdade e a região em que está inserida possui".

 
 
 
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