Tomar
IPT atrai talento
A Comunidade Intermunicipal do Médio
Tejo (CIMT) e o Instituto Politécnico de Tomar assinaram um
protocolo de colaboração que visa tornar a região num "território
inclusivo" aproveitando os recursos existentes e criando condições
para "atrair tecnologia e talento".
O presidente da CIMT, António
Rodrigues, disse à agência Lusa que o Médio Tejo se quer preparar
para "um novo patamar de desenvolvimento", que terá por base já não
o nível concelhio mas territórios mais alargados que sejam
"sustentáveis, criativos, inovadores, amigos do ambiente".
O protocolo que vai hoje ser
assinado, na presença do secretário de Estado da Administração
Local e Reforma Administrativa, Paulo Simões Júlio, prevê a criação
de um grupo de trabalho conjunto que irá, localmente, identificar
os recursos e as possibilidades de cooperação para depois propor um
plano de ação.
"Temos a obrigação de potenciar as
capacidades e os recursos do Médio Tejo", disse o autarca,
referindo a importância de a região estar preparada para o desafio
que o próximo quadro comunitário de apoio irá colocar, já não no
âmbito das infraestruturas, mas na criação de territórios
sustentáveis, que combatam a exclusão social, que sejam "criativos
e empreendedores".
Para o presidente do IPT, Eugénio
Almeida, o protocolo surge na sequência do trabalho que o instituto
tem vindo a desenvolver com os diversos municípios da região e vem
definir áreas de cooperação e de interesse comuns em questões como
a empregabilidade e a formação.
"É um passo importante na afirmação
do Politécnico de Tomar e no seu contributo para o desenvolvimento
da região", disse à Lusa.
O protocolo aponta para a definição
de uma estratégia de desenvolvimento sustentável da região do Médio
Tejo através da inovação, do empreendedorismo e da colaboração em
rede, aproveitando os principais recursos da região.
Para isso, refere a importância da
mobilidade, a integração numa sociedade de aprendizagem que promova
melhor educação e formação, a criação de um marketing territorial
que atraia investimento "em setores com elevado valor
acrescentado", tecnologia e talento que contribuam para a fixação
de uma população jovem qualificada e empreendedora, e a promoção de
redes de colaboração.
O documento estabelece a criação de
um grupo de trabalho, que começará por elaborar um documento que
identifique as principais áreas de cooperação e a planificação
conjunta de iniciativas que ajudem a inventariar ideias, para,
antes do final do ano, propor um plano de ação de médio e longo
prazo.
"Temos um empresariado pujante,
temos polos turísticos fortes, temos história, temos território,
temos escala, temos ensino superior, temos tudo o que é necessário
para nos tornarmos num território inclusivo", disse António
Rodrigues.