Lusofonia

Universidade Eduardo Mondlane
Laboratório contra tuberculose

orlando-quilambo copy.jpgA Faculdade de Veterinária da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) já dispõe de um laboratório de deteção acelerada de casos de tuberculose em seres humanos com recurso a ratos gigantes, provenientes da Tanzânia. Trata-se de uma técnica que poderá detetar a tuberculose em tempo recorde, podendo avaliar até 70 amostras em dois minutos. Este laboratório resulta de esforços conjuntos entre a UEM, o Ministério da Saúde e a APOPO, uma organização não governamental com sede na Bélgica.

Segundo explicou o gestor do projeto APOPO, Emílio Valverde, a instalação deste laboratório começou a ser desenhado em 2011. Aquele responsável explicou que este projeto, com duração de cinco anos em Moçambique, é uma réplica da Tanzânia, onde se saldou numa experiência positiva, daí o desejo da APOPO de materializar projeto semelhante no nosso território.

O reitor da UEM, Orlando Quilambo, recordou que a capacidade de deteção da Tuberculose no país situa-se em apenas 49 por cento, ficando a outra parte sem diagnóstico e consequentemente sem tratamento.

Orlando Quilambo disse esperar que a implementação desta iniciativa no solo moçambicano permita replicar os resultados obtidos na Tanzânia e contribua efetivamente para diagnosticar os milhares de casos perdidos no diagnóstico de rotina via microscópio, que tem sido atualmente usado no nosso país, possibilitando que os afetados por esta doença beneficiem de tratamento através do Programa Nacional da Tuberculose.

Num encontro com jornalistas, o diretor Cientifico da UEM, Bettencourt Capessa, afirmou que o laboratório responde a uma política da instituição que consiste na criação de laboratórios da universidade que possam responder às necessidades de várias unidades orgânicas da UEM.

 
 
 
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