É sempre com enorme prazer que carrego no botão "send" para enviar a minha cronica mensal para o Ensino Magazine. Pensar no conteúdo da crónica, estruturá-lo, escrevê-lo, aperfeiçoá-lo, são etapas do processo de construção do texto que utilizo para transportar algumas das minhas ideias, sobre mundo do motor.

Tenho usado este espaço privilegiado, para contar histórias, para falar de história e para expor opiniões, de uma forma que julgo equilibrada entre as críticas e as opiniões em acentuo desempenhos de excelência…Mas hoje estou seco de ideias. Ainda tentei, pois temas atuais não faltam. Temos a "guerra" norte/sul para a realização do rali de Portugal em 2014. Tivemos as grandes corridas na Boavista, a preparação das eleições para a Federação de Automobilismo, o evento comemorativo dos 50 anos do Porsche 911,enfim, havia mesmo muito de que escrever.

Mas esta semana, alguém me conseguiu, esvaziar o cérebro de ideias e me retirou a energia que vou tendo para esta minha tarefa.

Refiro-me, é claro, às birras institucionais dos nossos "políticos" que fizeram com que o país sofresse um terremoto tal, que nos pode levar para uma situação que ninguém consegue prever, mas onde certamente estas crónicas deixarão de ter cabimento.

Não quero aqui fazer qualquer comentário político/partidário, porque acho que o que se passou, nem sequer se trata de política, mas de uma querela bem ao estilo dos participantes de um Big Brother. Num País onde a justiça funcionasse, esta gente deveria ter uma acusação formada na semana a seguir aos acontecimentos que nos levaram a perder, não sei quantos mil milhões de euros num par de dias, a desmoronar muitos planos de vida e serem julgados de imediato. Não sendo assim estamos de novo num ambiente parecido ao da primeira república, onde apenas faltam os tiros para que o cenário fosse o mesmo.

Em jeito de protesto, e com a anuência do nosso diretor, este espaço fica hoje sem o seu conteúdo habitual, remetendo as culpas desta situação para a indisposição que me foi causada pelos "artistas" que nos andam a estragar a vida.

Prometo (até pareço um político) voltar com mais otimismo na próxima edição.