Politécnico

Trumpet Guild
Aluno da ESART premiado

trompete copy.jpgA trompete está-lhe no sangue mas na família de Ricardo Matos o talento para o instrumento nunca chegou tão alto. O finalista do curso de licenciatura da Escola Superior de Artes Aplicadas (Esart), de Castelo Branco, acaba de ganhar o prémio de melhor instrumentista a solo na Conferência Anual da Internacional Trumpet Guild.

O jovem natural de Tarouquela, no concelho de Cinfães (Viseu), chegou há três anos a Castelo Branco para estudar com o professor António Quítalo, o primeiro trompete solista na Orquestra Sinfónica Portuguesa do Teatro Nacional de São Carlos. Mas foi no círculo familiar que teve o primeiro professor.

"O meu padrinho toca e foi-nos passando o gosto pelo som da trompete", diz o jovem músico, que foi o único europeu a chegar à final que acabaria por vencer, ultrapassando os finalistas dos Estados Unidos e da Malásia. Em Michigan, onde aconteceu a competição, foi avaliado por um júri do qual fazia parte Thomas Hooten, o trompetista principal da Filarmónica de Los Angeles.

"Há uma pré-seleção de candidatos de todo o mundo que é avaliada por um painel de jurados e depois todos esses elementos são escolhidos três", explica o professor. Olhando para a organização do prémio e a composição do júri "só aí fica demonstrado que o prémio é de uma importância extrema", diz António Quítalo.

A vitória tem um sabor ainda mais especial por ter sido alcançada por um estudante português de uma escola do interior. Nos últimos anos a Esart tem acumulado prémios em diversas competições à escala nacional e internacional, sendo ainda selecionada para projetos de relevo como a Orquestra de Jovens da União Europeia ou a Orquestra Sinfónica do Youtube. "É uma escola competitiva embora não tenhamos as condições das universidades norte-americanas ou de outras partes do mundo", diz António Quítalo.

Ricardo Matos diz que o prémio foi conseguido graças a um trabalho "que tem de ser árduo e ao mesmo tempo focado naquilo que temos de fazer". Quanto ao futuro, o músico espera que seja importante para o definir.

"Estão as portas todas abertas mas penso que será bom, porque gratifiquei o nome da escola e do professor. Agora é uma questão de esperar".

JF
 
 
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