Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, na inauguração do certame
“Procuramos ir a outras áreas com ligação ao Agroalimentar”
Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo
Branco, considera que o setor do frio, a par do agroalimentar,
constituem fortes apostas do concelho. O autarca referiu isso mesmo
durante a inauguração da última edição da Feira Sabores de
Perdição, que levou milhares de pessoas ao centro cívico. Inovação,
tradição e investigação foram três dos eixos estratégicos de um
certame que voltou a demonstrar que o que é da região é bom, e que
Castelo Branco tem uma estratégia bem definida.
O presidente da Câmara albicastrense considera que "o
setor agroalimentar é uma referência em Castelo Branco e uma força
para a região. Nós já há muito tempo que construímos as
infraestruturas para o caminho que estamos a percorrer, como é o
caso do Centro Tecnológico Agro Alimentar - que permite aos nossos
produtores desenvolverem as suas inovações e testarem os seus
produtos". Mas a aposta da autarquia neste setor não se fica por
aqui. Luís Correia fala na abertura de novos caminhos para que os
"nossos empreendedores e produtores possam em Portugal e no
estrangeiro apresentar os seus produtos. Mas temo-los apoiado
também na área de caraterização dos seus
produtos".
Perante o inspetor geral da Autoridade de Segurança
Alimentar e Económica (ASAE), que inaugurou o certame, Luís Correia
destacou a aposta que o município está a desenvolver no setor do
frio. "É um setor forte do nosso concelho, que está ligado ao
agroalimentar. Temos boas empresas nesta área". O presidente da
Câmara considera-o como estratégico para o concelho. Neste momento
o ciclo do frio é muito forte na cidade, com empresas de relevo
como a Centauro (que produz para todo o mundo componentes para a
industria de refrigeração e ar condicionado), e outras que produzem
equipamentos frigoríficos, passando pelo laboratório do Instituto
de Qualidade e Soldadura, reconhecido pela Divisão de Transportes
das Nações Unidas e pelo Instituto Internacional do Frio, e que
certifica, por exemplo, os camiões de transporte
frigorífico.
O presidente da Câmara de Castelo Branco sublinhou
também o Centro de Empresas Inovadoras (CEI). "Não ficámos apenas
no setor agroalimentar, e por isso críamos o CEI, onde estão cada
vez mais empresas instaladas. Esta é uma estratégia que temos vindo
a concretizar e estes certames também se enquadram nele. Estas
feiras não são apenas uma festa. Constituem uma oportunidade para
os nossos produtores venderem os seus produtos e para os promover.
Este certame é reconhecido a nível nacional e internacional",
disse.
A feira Sabores de Perdição teve espaços para
conferências, para apresentação de novos produtos, áreas de fabrico
de produtos destinados às crianças, concursos de gastronomia,
cozinha ao vivo, artesanato e claro está um placo por onde passaram
os Sintonizados (um grupo albicastrense, composto por jovens, que
atuou na sexta-feira) e Pedro Abrunhosa (num espetáculo que
envolveu e levou o público até ao palco). "Hoje Castelo Branco tem
uma estratégia clara para o desenvolvimento económico", assegurou
Luís Correia, que divulgou a concretização de um projeto na área do
figo da índia e do comércio de gado.
"Nós temos a certeza daquilo
que queremos fazer e concretizar. Hoje Castelo Branco é reconhecido
pela força que tem no agroalimentar e pela sua capacidade de
atração de novas empresas", concluiu Luís Correia.