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Projeto EUCLID
Mapear duas mil galáxias
euclid.jpgA Missão Espacial Euclid, de que faz parte o docente e investigador do Departamento de Física da Universidade da Beira Interior (UBI), Paulo Moniz, está em marcha e tem como objetivo, através de um satélite espacial, mapear 40 por cento do universo e duas mil galáxias. A missão tem como propósito desvendar um pouco mais dos segredos do universo, nomeadamente sobre a aceleração da sua expansão.
O Projeto Euclid, lançado em 2012 pela Agência Espacial Europeia, envolve um telescópio que, a partir de 2020, terá como objetivo fazer um inventário do universo, com uma exatidão até hoje nunca alcançada.
Paulo Moniz explica que a sua "participação surgiu na sequência do convite de Ismael Tereno, coordenador científico da equipa nacional do Euclid. Atualmente, a UBI é parceira através do Centro de Matemática e Aplicações (CMA)".
Dessa forma, investigadores do CMA, em particular, poderão participar num projeto que representa "um grande esforço de um grande consórcio de nações", segundo o docente da UBI da área da Física e que trabalha conceitos de cosmologia, altas energias e supercordas, entre outros.
A presença da UBI é sobretudo "prestigiante", destaca Paulo Moniz, uma vez que o Euclid vai procurar clarificar uma das muitas questões que assolam a ciência e a filosofia desde sempre.
"A partir do mapeamento da matéria e energia escura que compõem o universo, vamos tentar perceber como é que ele se formou, tal como o conhecemos. Permitirá determinar se a matéria e ou a energia escura vai decair e se o universo vai expandir-se de forma mais rápida (ou não) e se as galáxias vão continuar com as suas atuais modalidades de agregação de matéria que observamos", salienta o docente.
A investigação da UBI vai centrar-se na construção de modelos matemáticos em torno de propostas de modificação da teoria da relatividade geral de Albert Einstein. Estes serão testados com os dados obtidos no âmbito do Euclid, e concertados com os dados de missões como a Planck 2015 e resultados obtidos no HLC.
Trata-se da maior colaboração de sempre da área da Astronomia, integrando mais de 1.000 investigadores de uma dezena de países da Europa e dos EUA. Além da participação da UBI, em Portugal tem como afiliados centros das universidades do Porto e Lisboa.



 
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