Moçambique
Mondlane debate estratégia
A académica portuguesa, Margarida Mano, disse, no
início de julho, que não há estratégia universitária sem política
universitária. Falando no decurso do VI Seminário Pedagógico da
Universidade Eduardo Mondlane, afirmou que a estratégia e a
política devem caminhar de forma consentânea numa instituição de
ensino superior, que se pretende de investigação.
Apontou três instrumentos
importantes para o funcionamento pleno de uma universidade,
nomeadamente a Política, a Estratégia e o Planeamento. Quanto a
ela, não há necessidade de planeamento quando não há uma
estratégia, pois a estratégia ajuda a instituição a focalizar-se na
consistência do seu propósito.
Professora da Universidade de
Coimbra e Deputada da Assembleia da República Portuguesa, Margarida
Mano frisou que num contexto de aumento da ambiguidade do meio
externo se requer, mais do que nunca, que as instituições de ensino
superior pensem e ajam de forma estratégica.
Mano foi convidada da UEM para o
Seminário e proferiu uma palestra sobre os Desafios da Gestão
Académica e Pedagógica num Contexto de Investigação. Para ela, no
atual contexto de transformação rumo a uma universidade de
investigação, há que integrar as missões e alinhar com a
investigação, harmonizando as perspetivas de avaliação interna e
externa.
Antiga vice-reitora da
Universidade de Coimbra, Margarida Mano recordou que para garantir
a sustentatibilidade das missões (investigação, ensino e extensão)
é preciso sempre ter em conta a qualidade do pessoal docente,
recursos económico- -financeiros e infra-estruturas.
Entretanto, o Reitor da UEM,
Orlando Quilambo, que abriu o evento, vincou no seu discurso
a necessidade da atitute humana na UEM, afirmando que só se pode
atingir a inovação, a excelência, uma investigação e extensão de
qualidade com uma profunda mudança de atitude.
Disse que a qualidade de ensino
não melhorará apenas com a aprovação de instrumentos académicos,
mas sim com a mudança profunda da atitude de todos, desde o
docente, o estudante, o membro do CTA, o dirigente a nível da
unidade, órgão ou nível central.