De 1 a 3 de julho a Bienal foi visitada por milhares de pessoas
Castelo Branco, capital nacional do azeite
Castelo Branco foi a capital nacional do azeite de
1 a 3 de julho. A Bienal do Azeite reuniu 180 expositores e contou
com a presença de todas as regiões demarcadas, bem como de
produtores e artesãos. Pelo centro da cidade albicastrense passaram
milhares de pessoas, num evento que foi inaugurado pelo Ministro da
Agricultura, Capoulas Santos, e organizado pela Câmara
albicastrense, em parceria com a Associação de Produtores de Azeite
da Beira Interior, Casa do Azeite e Confraria do Azeite.
O presidente da Câmara de Castelo
Branco, Luís Correia, aproveitou a ocasião para destacar a aposta
que tem feito no setor económico, uma das áreas que considera chave
para o concelho. A este propósito, o autarca falou do setor
agroalimentar onde estão a decorrer "fortes investimentos no apoio
aos produtores e aos agricultores", dando como exemplos a Melaria,
o Centro Nacional de Produção de Abelhas Rainhas, o Centro de Apoio
Tecnológico ao Agro Alimentar, ou o Parque de Leilões de Gado, e
noutra perspetiva o Centro de Empresas Inovadoras e o Fablab.
Na sua intervenção o presidente albicastrense
recordou a postura da autarquia em captar empresas e em fomentar a
criação de emprego, enunciando factos concretos como as aberturas
do novo Contact Center PT (onde anteriormente tinha funcionado o
centro de contacto da Segurança Social) e da Altice, mas também o
pavilhão CB Processos, junto ao Campo da Feira, num investimento da
autarquia e que recentemente foi ampliado, criando-se mais 100
postos de trabalho. "Esse espaço já não é suficiente e iremos
duplicar a capacidade de todo o edifício o que originará mais
emprego".
A criação de postos de trabalho é
prioridade. Ampliámos a CB Processos que permitiu a criação de mais
100 empregos e agora vamos duplicar todo o edifício, o que
originará mais emprego. "Nós queremos ser facilitadores da
atividade económica e criar condições para que ela se desenvolva. É
desta forma que temos intervindo, no sentido de promover a criação
de postos de trabalho", reforçou.
Por tudo isto, o presidente da
Câmara de Castelo Branco considera que o Governo de Portugal deve
adotar medidas de discriminação positiva para a região. "Não basta
ter este esforço. Precisamos que o Governo tenha outra forma de
trabalhar para com o interior. Sabemos que foi criada uma unidade
de missão. Se não tivermos medidas de descriminação positiva
teremos algumas desvantagens de estarmos nesta região. Importa que
o Governo olhe de forma diferente para nós, pois somos diferentes",
disse na presença do Ministro da Agricultura, Capoulas Santos.
Em resposta, Capoulas Santos referiu que "o apoio
aos pequenos agricultores, no olival tradicional, vai aumentar, já
no próximo ano, em 50 por cento o pagamento por hectare nos
primeiros cinco hectares". O ministro acrescentou ainda que "também
os apoios ao investimento passaram de 25 para 40 mil euros no que
respeita à pequena agricultura. Além disso acrescem as medidas
agroambientais que visam criar complementos de rendimento para
aquelas regiões em que é mais difícil extrair rentabilidade da
atividade agrícola".
O ministro, que visitou todos os
expositores e foi degustando as novidades apresentadas na feira,
falou também da necessidade "de se inovar, de introduzir valor
acrescentado e da genuidade da marca". Capoulas Santos destacou "o
esforço que a autarquia tem dedicado ao agroalimentar, não só na
inovação e tecnologia, mas também na internacionalização".