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Universidade de Coimbra
Aviões mais leves
pedroneto.jpgProduzir automóveis e aviões 20 a 30 por cento mais leves e mais eficientes do ponto de vista energético, a um custo competitivo, é o grande objetivo do projeto europeu "Net-shape joining technology to manufacture 3D multi-materials components based on metal alloys and thermoplastic composites (ComMUnion)", financiado pela União Europeia (UE) em cerca de cinco milhões de euros e que junta 16 universidades, entre elas a Universidade de Coimbra.
Coordenado pela Asociación De Investigación Metalúrgica Del Noroeste (Espanha) o projeto está na base de várias tecnologias em conjunto, incluindo um robot, que permitam o fabrico de componentes formados por multimateriais para aplicação na fuselagem de aviões e carroçaria de automóveis. Os multimateriais são obtidos pela junção de metais e termoplásticos reforçados com fibra, por via de processos altamente complexos, mas que irão tornar os setores automóvel e aeronáutico muito mais competitivos.
Atualmente, segundo o coordenador da equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra, no projeto, Pedro Neto, "a parte estrutural dos veículos é feita essencialmente de metais. No caso dos aviões, vários já são feitos de materiais compósitos (que são mais leves). No entanto, estes compósitos são geralmente de matriz resinosa (não podem ser reciclados) e são fabricados como peças únicas, ou seja, são ligados a outros componentes a posteriori. No ComMUnion estuda-se o uso da ligação de compósitos termoplásticos com metais, de forma a poder reforçar os componentes estruturais nas zonas mais críticas, reduzindo o consumo de metais de elevado custo". Em Portugal, a solução tecnológica desenvolvida no âmbito do ComMUnion será testada na empresa MOTOFIL, dentro de três anos.
A indústria automóvel representa cerca de 3% do PIB (Produto Interno Bruto) da União Europeia e cerca de 7% da produção industrial total da União, o que faz deste setor um grande gerador de riqueza na Europa. Já a indústria aeronáutica é um dos principais setores de alta tecnologia da UE, empregando em 2013 mais de meio milhão de pessoas e gerando um volume de negócios de cerca de 198 mil milhões de euros.



 
 
 
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