Para reduzir o impacto dos pesticidas
Coimbra em projeto de 3,5 milhões
Sete de investigadores das
faculdades de Ciências e Tecnologia e de Economia da Universidade
de Coimbra integram o projeto europeu 'Optimised Pest Integrated
Management to precisely detect and control plant diseases in
perennial crops and open-field vegetables' (OPTIMA), que obteve 3,5
milhões de euros de financiamento do programa comunitário Horizonte
2020, para encontrar formas de reduzir o impacto dos
pesticidas.
Os cientistas da equipa de
Coimbra integram três grupos de investigação: o Centro para a
Ecologia Industrial (coordenados por Fausto Freire) e o Centro de
Ecologia Funcional da FCTUC (coordenados por José Paulo Sousa), bem
como o CeBER - Centro de Investigação em Economia e Gestão da FEUC
(coordenados por Luís Dias). Integram ainda a equipa
os investigadores Tiago Natal da Luz, Pedro Marques, Rita Garcia e
João Jesus.
Com esta verba, o consórcio
liderado pela Universidade de Agricultura de Atenas, Grécia, está a
desenvolver uma abordagem integrada e holística para a gestão do
problema dos pesticidas, avaliando todos os aspetos críticos
relacionados com a sua utilização no cultivo de fruta e vegetais,
assente em quatro pilares: previsão, deteção, seleção e
aplicação.
Entre os objetivos do projeto
contam-se o de "melhorar o tipo de pesticidas disponíveis no
mercado e a forma como eles são aplicados na agricultura,
introduzindo novos biopesticidas (bio-PPPs, substâncias produzidas
a partir de micro-organismos ou de produtos naturais para o
controle de pragas) e técnicas inteligentes de pulverização, para
aumentar a segurança alimentar e reduzir os impactos para a saúde
humana e ambiente", explica Fausto Freire, coordenador da equipa
portuguesa e docente do Departamento de Engenharia Mecânica da
Faculdade de Ciências e Tecnologia.
As soluções conseguidas pelas
várias equipas do consórcio serão agregadas e posteriormente
testadas em três culturas selecionadas - cenouras (em França),
pomares de maçã (em Espanha) e vinha (em Itália) - em diferentes
campos, com a colaboração de cooperativas de
agricultores.
A equipa de Coimbra avaliará os
riscos para a saúde humana e ecossistemas, assim como os impactos
ambientais e socioeconómicos do sistema OPTIMA, em comparação com
os sistemas tradicionais, através de uma abordagem que inclui a
Avaliação de Ciclo de Vida (impactos diretos e indiretos desde a
produção até ao consumo), a Análise de Risco e a Análise de Decisão
Multicritério.