Antigo docente do IPCB lança novo romance
Fábrica, audácia ou crime
Guilherme Costa Ganança, professor aposentado da
Escola Superior Agrária de Castelo Branco, antigo vereador na
presidência de César Vila Franca na Câmara albicastrense, acaba de
lançar um romance sobre o período que coincidiu com a conquista do
investimento da General Motors para Castelo Branco e a construção
da antiga Cablesa, hoje Aptiv, que emprega perto de um milhar de
trabalhadores.
Guilherme Ganança esteve
envolvido na construção das instalações dessa fábrica, há cerca de
30 anos. "A Fábrica - audácia ou crime", com a chancela da RVJ
Editores, é uma narrativa ficcionada da realidade, em que se
revelam os visionários que decidiram partir para uma aventura,
convictos de que uma fábrica de excelência poderia alavancar a
revitalização da sua cidade e das suas gentes", refere Guilherme
Ganança.
No livro, cuja apresentação
deverá ocorrer no final do verão, dependendo da evolução da
pandemia, "vislumbram-se envolventes socioeconómicas e culturais,
vivem-se entusiasmos e incertezas, desaguisados e reconciliações, à
medida que se palmilha um caminho aventureiro, sob a pressão de
compromissos inadiáveis", como bem refere o autor.
Guilherme Ganança desafia os
leitores a associarem-se "às brenhas que os protagonistas se
propuseram desbravar; às derrotas e às vitórias; ao preço a pagar
por tamanho atrevimento; à força dos desígnios e à espada da
justiça. Poderão, finalmente, sentenciar os protagonistas e fazer
deles heróis ou criminosos".
Maria de Lurdes Barata, no seu
prefácio, lembra que esta é "a história da construção da CABLESA
(fábrica de componentes elétricos para automóveis, mais tarde
chamada Delphi, em Castelo Branco, depois a funcionar com o nome
Aptiv) com todas as dificuldades, vicissitudes e glórias que se
foram colhendo
, com polémicas levantadas por interesses políticos,
por vontades e convicções de quem participou na sua concretização.
O prazo de seis meses, dado pelos alemães, para que ficasse pronta,
algumas ilegalidades para apressar o andamento da obra, como não
abrir concursos para candidaturas de empresas (o que o narrador
apresenta como pouco prejudicial com vista a atingir cumprimento de
datas), o conseguimento da obra e o aproveitamento mais tarde por
adversários políticos, tudo o leitor acompanha nesta
história.
O livro tem a nota de abertura de
Luís Correia, presidente da Câmara de Castelo Branco, cidade onde a
história do livro decorre.
Guilherme Costa Ganança foi
também diretor do Departamento de Desenvolvimento, Educação e
Cultura da Câmara albicastrense, e colaborou diretamente com o
presidente do Município albicastrense, Joaquim Morão.